Gramado sintético tem relação com as lesões do São Paulo sofridas no Allianz Parque? Especialista responde

Foto: Rummens

Contra o Água Santa pelas quartas de final do Paulistão 2023, o São Paulo precisou jogar no Allianz Parque, pois o Morumbi estava indisponível devido aos shows da banda Coldplay.

Antes do confronto, o elenco Tricolor treinou na Arena para se adaptar melhor ao gramado sintético. Todavia, dois jogadores são-paulinos saíram lesionados da partida, Galoppo, que sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e terá que passar por cirurgia, e Welington, que teve um entorse no tornozelo esquerdo.

O meia Wellington Rato também precisou ser substituído no segundo tempo com cãibras. Além deles, Ferraresi teve uma ruptura no ligamento do joelho, Rafinha um entorse no tornozelo e Miranda uma lesão no ligamento do joelho em jogos realizados anteriormente no Allianz Parque.

Em resposta à ESPN se o gramado sintético tem relação com as lesões do São Paulo sofridas na Arena Palmeirense, Stella Nannini, fisioterapeuta ortopédica e esportiva, respondeu:

“O gramado sintético tem um nível maior de aderência, então facilitaria lesões sem contato, como por exemplo o pé travar no chão, mas não existe um consenso em relação a maior índice de lesões no futebol em gramado artificial. No futebol americano, tem um dado que mostra que aumentam as lesões, mas a gente não pode extrapolar para o futebol, já que são esportes bastante diferentes”.

Ainda disse: “As lesões aconteceram em partidas de maior importância. Um clássico contra o Palmeiras, que sempre tem uma demanda física e emocional alta e um jogo decisivo contra o Água Santa.”

A Fisioterapeuta destacou que isso causa um ‘efeito cascata’, resultando em diversos jogadores lesionados.

“Teve jogo nesse início de ano em que o São Paulo teve mais de dez desfalques. Isso faz com que todos os jogadores que não estejam no DM tenham uma demanda muito maior de treinos e jogos, já que eles praticamente não revezam com ninguém.”

Na quarta-feira (15), o clube paulista decidiu promover mudanças no Departamento Médico, conforme informações do Globo Esporte, o médico Tadeu Moreno deixa o São Paulo para seguir carreira particular de cirurgião e ortopedista, e o Dr. José Sánchez assumirá a função de coordenador médico de transição, não fazendo mais parte do dia a dia no CT da Barra Funda.

Para assumir as vagas deixadas, Ricardo Galotti e Fábio Luiz Novi serão os substitutos, eles trabalhavam no CFA Laudo Natel, em Cotia, nas categorias de base.

Outras mudanças já haviam ocorrido no Tricolor com a troca de gestão do clube, mais especificamente no setor de Fisioterapia.

Receba notícias do SPFC no WhatsApp e Telegram.
Siga-nos no Instagram, no YouTube e no Twitter.

Compartilhe esta notícia