André Jardine comandou apenas dois treinos do São Paulo até agora, mas já ganhou a confiança do elenco tricolor (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Desde a confirmação da saída de Edgardo Bauza, a diretoria do São Paulo concentra seus esforços em encontrar um substituto para a sequência da temporada. À época, o auxiliar e ex-jogador Pintado foi cotado para assumir o comando interino, mas André Jardine, técnico que já triunfou no Sub-19 e no Sub-20, acabou escolhido para ‘tapar o buraco’. Agora, com a dificuldade que o mercado apresenta, Jardine começa a ganhar tempo para mostrar seu trabalho e, quem sabe, se candidatar ao cargo de forma efetiva.
Em apenas dois treinos e um jogo, o interino conseguiu conquistar a confiança do elenco. Antes do duelo contra o Santa Cruz, Hudson deixou claro que a chance de efetivação, na visão dos atletas, era real. “Sim, claro que pode. Futebol é resultado. Acredito que, se o André conseguir obter êxito, pode ficar no cargo”, comentou, à época, o volante.
E foi sob nova direção que o São Paulo acabou com o jejum de vitórias que já perdurava cinco partidas. A boa exibição frente ao Santa Cruz, em Pernambuco, animou os jogadores e, nesta terça, foi a vez de Thiago Mendes fazer campanha. “Não só eu como alguns outros jogadores gostam do jeito dele de treinar. Isso vai caber a diretoria, mas essa não só a minha, mas a opinião de outros jogadores. Eu creio que a gente preferiria ele como treinador”, avisou Thiago.
Depois de anunciar que já tinha um nome na manga e que pretendia anunciar um novo técnico em menos de uma semana, a diretoria do São Paulo já admite que André Jardine deve ficar a frente do time por mais duas rodadas. Os adversários serão Botafogo, no Morumbi, e Internacional, no Beira-Rio. Os desafios podem ser os trunfos do ex-profissional da base. Caso embale uma sequência de bons resultados, a pressão por sua efetivação ganhará força e poderá influenciar em uma decisão mudança de curso de Leco e companhia sobre a efetivação.
Cautela ainda é a palavra de ordem no São Paulo, mas a primeira impressão agradou. Com Michel Bastos de fora, André Jardine optou por uma mudança no esquema tático, colocou João Schmidt no time, liberou os homens de meio campo e tornou a equipe mais ofensiva. Nos dois treinos que comandou, Jardine chamou atenção por liderar atividades intensas, com muitas orientações – algumas aos berros – incentivos, cobranças, sempre com muita participação daquele que pode se transformar na solução caseira tricolor.
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