Ex-atacante conta histórias da época de Tricolor e como era o ambiente em 2006, 07 e 08
O atacante Leandro Guerreiro é um ícone da equipe Tricolor Tricampeão do Campeonato Brasileiro. Todo torcedor que viu os títulos se recorda do atacante em cima das traves do Morumbi após o título de 2006. E ele lembrou e grandes histórias sobre o tempo que esteve no CT da Barra Funda e no Morumbi.
Ao todo, em sua passagem, o jogador participou de 116 jogos e marcou 16 gols, além de ter participado dos títulos de 2006 e 2007.
Relembre as histórias do grupo tricampeão
Principal segredo do time
“Era vontade de vencer. Era um time com simplesmente vontade de ganhar. Tinha briga até no rachão, discussão na caixeta. Fora de campo ou no jogo, a gente tinha essa vontade. Era bacana demais. A caixeta era algo que nos uniu. Se você tinha 20 relacionados para um jogo, 18 ali jogavam a caixeta. Praticamente entrávamos no clima competitivo um dia antes”.
Sobre a resenha do grupo
“O bom era o Rogério. Ele ganhava bem, dobrava a caixeta, sempre aumentando. Ele era o bom, mas o melhor era estar todo mundo junto. Alex Dias também era engraçado tirando carta maior no jogo”.
Episódio em Cusco
“Estávamos em Cusco, véspera de jogo, 4 e pouco da manhã, o Rogério perdendo. Ele estava de costas para a porta, aí apareceu o Marcão, segurança que está lá até hoje, bateu na porta e gritou: “Vocês estão de sacanagem, são 4h30, amanhã tem jogo, pode acabar isso aí”. Quando o Rogério virou, ele mudou e falou “querem suco, querem um lanche?”. O Souza na resenha disse: “como vai achar lanche 4h30 no Peru?””.
Permanência de Muricy
“Quando chegamos no vestiário para fazer a oração, o Muricy não estava, pois tinha sido chamado pela diretoria para uma reunião. Nenhum jogador foi embora, todo mundo o esperou voltar depois de umas 2 ou 3 horas. Ele retornou por volta das 2 ou 3 da manhã e tomou um susto. A gente disse: “Estávamos te aguardando, professor, estamos juntos”. Chegamos a dizer: “Se você for sair, também provavelmente vamos sair”. Muricy disse na mesma hora que a partir dali não iríamos perder mais, que seríamos campeões. Nos abraçamos ainda mais fortes naquele caso, viramos ainda mais fortes”.
Relação com o professor
“Ele tira o melhor de cada atleta. Sabe cobrar de um, sabe agir de outra forma com outro. Ele trata todo mundo igual no geral, independente do que o cara fez. Quem chega no clube é tratado igualmente, tendo a mesma atenção e carinho. Ele sempre tirou o melhor de cada um. A maior virtude, para mim, é a fome de vencer, nos treinos, rachão e jogos. Você fica marcado por vencer, ele dizia”.
Sobre sua primeira chance
“Minha primeira chance no São Paulo foi como ala. Quando tive a oportunidade na ala, ele veio me perguntar se eu estava preparado; disse que sim. Minha estreia acabou sendo sensacional: fiz gol na ala, fui um dos melhores em campo e ainda desci com a camisa do Rogério Ceni. Se você ajuda e se sacrifica, as coisas ficam mais fáceis. Posso dizer que meu relacionamento com ele é de filho para pai”.
Inspirado na história de Leandro, Muricy e o Tricampeonato de 2006, 2007 e 2008, o Tricolor começa hoje a caminhada em busca do título que não vence há 13 anos. Nesse período, o São Paulo chegou a liderar e despontou como favorito em 2018 e 2020, porém, perdeu fôlego e acabou deixando a taça pelo caminho.
Nessa temporada, o Tricolor começa a disputa contra o Fluminense no estádio do Morumbi nesse sábado (29), às 21h.
Onde assistir São Paulo x Fluminense
O confronto entre São Paulo e Fluminense pela primeira rodada do Brasileirão 2021 acontece neste sábado (29), às 21h, no Morumbi, com transmissão do SporTV e do Premiere, mas você também pode acompanhar conosco clicando aqui.
