Lugano: “Teve um dia que liguei para ele (dirigente) e disse que bateria nele no CT”

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

O ex-jogador Diego Lugano foi o entrevistado do podcast “Flow Sport Club”, com Igor 3K e Davy Jones, e como sempre deu uma grande entrevista. O jogador comentou diversos temas polêmicos e relembrou a passagem no São Paulo, tanto na era como jogador e também como dirigente.

Um dos pontos altos da entrevista, foi quando Lugano relembrou a época de líder do time. O ex-jogador comandava o vestiário mesmo sem jogar e precisou cobrar a diretoria do clube.

A história que melhor reflete a transição de jogador para dirigente foi quando eu ainda atuava, e o São Paulo atrasava algumas premiações, alguns pagamentos e eu queria matar o diretor financeiro. Teve um dia que liguei para ele e disse que bateria nele no CT. Ele estava me prejudicando como líder. Ele não apareceu, deu a volta e não apareceu na reunião”, comentou Lugano.

Pouco tempo depois, Lugano estava no papel de dirigente. E do outro lado da moeda, o uruguaio relembrou como era díficil o papel na diretoria do clube.

No meu trabalho como dirigente, vendo o esforço de trabalho do diretor financeiro, de conseguir honrar os compromissos recebendo menos do que precisa gastar, para ter as contas em ordem, com a tensão… eu pensei: ‘Olha como eu sou burro e quadrado’, esse é um pequeno exemplo de como você aprende do outro lado”, revelou o ex-jogador.

Em 2016, o São Paulo brigou para não cair no Brasileirão. O jogador como ídolo do clube sentiu o peso de uma mancha em sua carreira e revelou que tinha dificuldades de dormir.

Se voltasse no tempo não sei se aceitaria. Meus últimos seis meses de São Paulo foram os mais desgastantes de toda a minha carreira. O clube nunca havia sido rebaixado e eu era o líder do grupo. Eu pensava em parar no final do ano e pensava de noite: ‘Não é possível que eu encerre a minha carreira com essa mancha”, disse o uruguaio.

Todos os dias eu tomava medicamento para dormir, todos os dias, tentando entender e manipular toda aquela crise que nos pegava e eu acabei caindo nessa pressão. Eu tentava evitar problemas e ainda precisa jogar. Me desgastei demais e decidir parar, muito consciente”, comentou no podcast.

Lugano para muitos não fez um grande trabalho na diretoria do clube. Para o uruguaio, o momento foi de aprendizado e os três anos foram de muito aprendizado.

Logo em seguida, por conta dessa minha influência dentro do clube, entenderam que eu poderia ajudar. Eu recusei num primeiro momento e, após um mês, aceitei por ser uma nova etapa da minha carreira, para eu aprender e poderia ajudar no extra-campo. Foram três anos positivos do ponto de vista do aprendizado”, finalizou o agora comentarista dos canais ESPN.

Confira a entrevista completa no vídeo abaixo ou clicando aqui.

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