Muricy fala sobre passagem de Diniz: “O São Paulo tinha um plantel desequilibrado”

Hoje o São Paulo é a grande sensação do Campeonato Paulista, líder do seu grupo, classificado para as oitavas de final, dono da melhor campanha entre todos os times e dono melhor ataque, além de ter vencido os dois primeiros jogos da Libertadores. Situação bem diferente do fim da temporada 2020, quando o time caiu na semifinal da Copa do Brasil e viu o título do Campeonato Brasileiro, que parecia certo, ficar mais longe rodada a rodada.

Para muitos o culpado da decadência da equipe foi um só: Fernando Diniz, treinador que nem chegou a finalizar as últimas rodadas do Brasileirão. De fato, Diniz parecia viciado em um esquema que não dava certo há algum tempo sendo esse o principal motivo para as críticas que o então técnico são-paulino recebeu. Mas para Muricy Ramalho, coordenador de futebol da gestão de Júlio Casares, que começou no fim do ano passado, Diniz foi prejudicado por não ter muitas opções para mudar a forma tática com que sua equipe jogava e isso, somado ao abalo na confiança após a queda na Copa do Brasil, foi a razão pela qual ele não conseguiu melhorar o desempenho na reta final do Brasileirão. Essa foi a explicação que Muricy deu ao programa “Cadeira Cativa“, da rádio Jovem Pan. Confira:

O Diniz não tinha um plantel para fazer mudança tática. Ele tinha muita dificuldade quando o time tinha que fazer muita mudança, eu sei como é que é. O treinador, quando ele olha para o lado e não tem (jogadores) ele fica em uma situação complicada: “vou mudar pra que?” Acho que esse fator foi importante e esse ano a gente procurou melhorar em algumas posições. O São Paulo tinha um plantel desequilibrado. Em algumas partes tinha muito jogadores e outras não. Esse ano procuramos equilibrar. São vários motivos. Hoje no futebol se estuda muito. Como o São Paulo chamou muita atenção, ficou sete pontos na frente, as outras equipes estudaram demais o São Paulo e não deixavam o São Paulo jogar mais à vontade. O Diniz queria mudar a parte tática e não conseguia porque não tinha jogador. As vezes o treinador não tem as condições“, explicou.

Então, para que o técnico que o substituiu não passasse pelo mesmo sufoco, a diretoria foi às compras e contratou seis atletas, número muito maior do que a vinda de Luciano, único reforço que Diniz recebeu. Ao que parece, a nova postura funcionou e Crespo está conseguindo dividir o elenco entre duas competições contando com a ajuda de cinco dos novos contratados (Orejuela ainda não estreou).

Você pode conferir a entrevista completa abaixo ou clicando aqui:

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