João Schimidt virou a solução do São Paulo no domingo e pode desbancar Michel Bastos do time titular (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Depois de Hudson e Thiago Mendes, nesta quarta-feira foi a vez de João Schimidt entrar na campanha pela efetivação de André Jardine no comando da equipe. O volante foi a novidade do interino na partida contra o Santa Cruz, que ficou marcada pela vitória são-paulina depois de cinco jogos de jejum. Contratado junto ao V.Setúbal, de Portugal, ano passado, Schimidt revelou que Jardine tem dado treinos parecidos com os que ele tinha na Europa.
“É um bom treinador. Os treinos dele são muito bons. Deu para ver mesmo em pouco tempo. Da para ver que ele é muito estudioso, que estudo o futebol. Eu estava até conversando com o Maicon de que a gente fez um trabalho ontem (terça) que eu estava acostumado a fazer em Portugal, bem intenso, gostoso. Se ele ficar ou não, a gente deixa para a diretoria, mas ele tem muito potencial, sim”, ressaltou o jogador.
Apesar de jogar na proteção da zaga, sua entrada no time titular depois de quatro partidas sem sequer ser utilizado por Edgardo Bauza acabou deixando o São Paulo mais solto em campo, com mais poderio ofensivo, como explica o próprio atleta.
“Essa formação, com três volantes, às vezes você acha que tem mais marcação, mas a gente não perde na marcação e ganha ofensivamente, porque a gente consegue fazer marcação pressão e eu consigo dar mais liberdade para o Hudson e o Thiago, além dos mais adiantados, como Kelvin e Chavez”, disse, antes de lembrar que ficou esquecido depois da primeira semifinal da Copa Libertadores, contra o Atlético Nacional da Colômbia.
“Fazia um mês que eu não jogava. Depois do jogo com o Atlético Nacional eu não vinha jogando mais. Fico feliz. Acredito que foi um bom momento, conseguimos a vitória. Isso estava nos faltando. Foi bom”.
Em pouco menos de dez minutos de entrevista coletiva no CT da Barra Funda, João Schimidt rasgou elogios ao atual chefe. Deixou claro que o elenco não o trata diferente por ainda ser apenas um interino. “Se a gente tem uma sequência de vitórias, pode ser que ele fique”. E foi didático ao falar sobre a postura do grupo e a relação de confiança com o técnico. “É o dia a dia. Ele ganha a confiança da gente se o dia a dia é bom, se os treinos táticos e físicos são bons. Ai a gente começa a comprar a ideia do treinador”.
Para encerrar, o volante, que tem grandes chances de ser mantido mesmo com o retorno de Michel Bastos contra o Botafogo, neste domingo, no Morumbi, contou que André Jardine avisou o elenco sobre a possibilidade de alteração antes de cada jogo, de acordo com os atletas que estarão à disposição.
“Isso é uma coisa que, nas conversas, ele diz bastante. Ele monta o time de acordo com as qualidades dos jogadores. Ele viu que a saída do Hudson e do Thiago são fortes, por isso ele tentou mexer, e deu certo”, concluiu.
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