Obrigado e desculpe, Lugano!

Por Ricardo Senna – Redação Arquibancada Tricolor

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

E infelizmente, sua passagem chega ao fim no São Paulo.
Não vou entrar no mérito sobre ele não ter recebido chances para jogar, mas penso que houve um grande desrespeito dos dirigentes quando não o procuraram para resolver sua vida na renovação do contrato há alguns meses, e mesmo agora, quando oferecem de maneira fria, um jogo de despedida.

Talvez, pelo fato de ser um jogador que peitava a direção do clube, quando necessário, que mostrava ser um “adversário” dentro do elenco, por não ter ressalvas em bater de frente com ingerências, ou simplesmente pelo fato de ter sua presença descartada, já que o intuito populista, com os torcedores, havia sido alcançado em sua chegada.

Com todo o alcance de redes sociais, reclamações públicas via microfones da imprensa e crises a partir de boatos, o que vale ressaltar é que em NENHUM momento, Lugano reclamou sobre seu não aproveitamento no time titular, sobre os desmandos da direção do clube e nunca “vazou” na mídia qualquer tipo de insatisfação ou problema interno. Portou-se como um cavalheiro, um ídolo, que é e sempre será.

Mesmo para alguns “torcedores” (que mereciam muito uma queda à Série B e tudo o que está acontecendo com o SPFC) ele não sendo importante, apenas um jogador comum e até motivo de chacota, Lugano sempre foi respeitoso, atencioso com todos e no elenco, um exemplo de profissional.
Aliás, assim como a grande maioria (e inteligente) de nossa torcida, eu até gostaria de pedir desculpas, por tantas besteiras que alguns escreveram e falaram sobre Lugano, sem ter a mínima noção de sua grandeza e importância.

O uruguaio, logicamente não tem o mesmo nível técnico de Raí, Pedro Rocha, Pita, Dario Pereira, Gerson e tantos outros que passaram pelo Tricolor, mas está definitivamente pra mim, na galeria dos maiores ídolos que já vestiram a camisa deste clube, por sua postura, hombridade e dedicação ao São Paulo FC. Da mesma forma que Chicão, Serginho Chulapa e Forlan, não figuram no topo da lista dos mais técnicos, sem dúvida, estão entre os mais relembrados e reconhecidos em nossa galeria de ídolos, assim como “Dios” Lugano.

Palavras aqui, pouco serão suficientes para expressar a gratidão e orgulho de ter pessoas deste nível vestindo nossa camisa. Em tempos no qual o “malandro” é o exemplo a ser seguido ou, ser o anti-profissional, é ter irreverência, ousadia e alegria, tenho o orgulho de dizer que vi de perto uma pessoa de boa índole, caráter e humilde, representando o meu time nos quatro cantos do planeta.

Muchas gracias, Diego Alfredo Lugano Moreno.

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