Eduardo Tironi e Arnaldo Ribeiro analisaram as consequências da coletiva proferida por Rogério Ceni após a magra vitória sobre os reservas do Santo André, na última quarta-feira, no Morumbi. Para ambos, Ceni, a partir de então, assumiu de fato o controle da situação do clube, passando a “dar as cartas” no São Paulo.
Tironi começou a explanação apontando justamente a mudança de direção após as duras críticas de Rogério Ceni. Para ele, o clube, em campo, ainda não corresponde, apresentando um futebol aquém do esperado, mas iniciou-se uma harmonia entre Ceni e a torcida.
“Rogério Ceni desde quarta estará “dando as cartas” no São Paulo. Botou o dedo na ferida com relação à estrutura do clube e fora de campo – desde funcionários, fisioterapia, jogadores que vão embora cedo etc. Dessa forma, conquistou a torcida do São Paulo, que ficou toda do lado dele, seja ela a organizada ou não. E é uma virada de jogo bem curiosa, considerando que o time dentro de campo segue jogando mal e deve muito futebol. Mas o fato é que temos um treinador com o apoio incondicional da torcida, em que pese os resultados dentro de campo“, iniciou o jornalista.
Já Arnaldo Ribeiro explicou que, com a atitude expositiva de Ceni, os pontos positivos seriam maiores que os positivos.
“Eu acho que os pontos positivos para o time e para o clube são bem maiores que os negativos. Estes últimos podem ocorrer para quem entende que o Rogério, muito fortalecido ou se considerando maior do que o clube, seja uma ameaça. Finalmente Ceni se mostrou confortável para ser o comandante de fato, à la Telê Santana. E mais confortável com o respaldo da torcida. E ele se sente, pela primeira vez desde que voltou, em condição de comandar um trabalho de reestruturação não só do time, mas do departamento inteiro de futebol. A estrutura está carcomida e viciada e ele é capaz de refazer a estrutura, desde que tenha o respaldo do torcedor. E este respaldo veio no momento crucial“, disse Arnaldo.
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