Pela 2ª vez na história Palmeiras x São Paulo decidem o Paulistão

Foto: Edu Garcia/Estadão Conteúdo

Em 1992, o Tricolor venceu o título na era de ouro do clube do Morumbi

Na noite dessa quinta-feira (20), começa a final do Campeonato Paulista. A final será com o confronto Choque-Rei pela 2ª vez na história. O Tricolor chega como líder geral da competição e tem a vantagem de decidir no Morumbi, já o Alviverde se classificou graças a uma combinação de resultados, mas mostrou força no mata-mata eliminando o RB Bragantino e o Corinthians.

Essa será apenas a 2ª vez que os rivais decidem o Paulistão. Em 1992, o estadual foi formado por 28 clubes divididos em 2 grupos de 14 times. No grupo A o time de Telê Santana teve a melhor campanha com 36 pontos (à época uma vitória valia 2 pontos) e o Palmeiras teve a segunda campanha com 33 pontos.

A segunda fase foi formada por 8 clubes dividido em dois grupos. No grupo A estavam Portuguesa, Ponte Preta e Santos e São Paulo, já no B estavam Corinthians, Guarani, Mogi Mirim e Palmeiras.

E com a liderança de Palmeiras e São Paulo marcou-se a final Choque-Rei. Foram duas partidas no Morumbi com o agregado em 6×3 (4×2 na ida e 2×1 na volta).

Problemas nas datas desde 1992

Assim como nesse ano, o São Paulo solicitou a Federação Paulista o adiamento das datas do confronto da final. Porém, naquele ano o problema era a disputa do título mundial contra o Barcelona.

O Tricolor queria a antecipação do jogo para o começo de dezembro, enquanto o Palmeiras queria o adiamento para a disputa pós-mundial. A Federação decidiu então jogar a primeira partida pré-mundial e a segunda pós – com isso o Tricolor viajou ao Japão entre as partidas.

A data “ajudou” tanto a equipe de Telê que o time saiu do Morumbi direto ao Aeroporto de Guarulhos para embarcar rumo a Tóquio.

Como estavam os times

Diferente do calendário de 2021, o Paulistão-92 marcou dois confrontos entre os rivais. No primeiro, vitória Tricolor por 1×0, já no segundo derrota pesada para o time de Raí, 3×0.

À época ficou conhecida como a era de ouro do São Paulo. O time foi bicampeão da libertadores e do mundo liderados por Raí, Zetti e Telê Santana. No Paulistão-92, Raí foi peça fundamental ao longo da competição, ao todo anotou 15 gols na competição e ficou a apenas 2 do artilheiro do torneio Valber (do Mogi Mirim).

Já o Palmeiras vinha de uma seca de títulos de 16 anos e viu a chegada de jogadores badalados graças a parceria com a Parmalat. Naquela temporada chegaram a Academia Zinho, Mazinho, Jean Carlo, Sorato, Maurílio, Edinho Baiano e Daniel. No fim do campeonato, chegaram outras duas peças – o zagueiro Antônio Carlos e o lateral Roberto Carlos e isso causou revolta no elenco alviverde.

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