Com a aprovação do Conselho Deliberativo do São Paulo das bases do novo FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) que buscará reduzir em R$ 240 milhões a dívida bancária, o clube terá como limite para investimento no futebol o menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$350 milhões.
Por isso, a diretoria já começa a pensar em estratégias para reforçar o time para 2025 dentro destas condições. Em entrevista ao UOL, o presidente Julio Casares comentou sobre a expectativa em manter a equipe competitiva na próxima temporada e como a área de futebol precisará ser ainda mais criativa nestas circunstâncias.
“Quando chegamos em 2021, estávamos em meio a uma pandemia, com quatro processos na Fifa, quase transfer ban, e o São Paulo foi campeão paulista. Depois, em 2022, com orçamento enxuto e criatividade da área de futebol, chegamos em duas finais. Em 2023, o time foi campeão da Copa do Brasil. Em 2024, da Supercopa. Há a possibilidade de continuar competindo. A área de futebol terá que ser muito mais criativa do que é, e está sendo muito, é só ver as contratações. Sempre gosto de dar exemplos: como o Alisson chegou, como foram promovidos os garotos da base, enfim. Toda essa dinâmica continua”.
E continuou: “Não é uma camisa de força, nós temos regras orçamentárias e vamos ter de cumpri-las, mas como nosso marketing também é muito ostensivo, a cada novo contrato você vai trazer um benefício de elevação financeira, como se fosse modular, para que a área de futebol possa ter sua tranquilidade. Quando vender jogadores também, e quando trouxerem contratos como o São Paulo fez com naming rights, patrocínios, Live Nation. O São Paulo tem que ser criativo em todas as áreas e eu não acredito que isso venha obstar a competitividade. Quando olho para trás e vejo que a situação era bem pior que essa e ganhamos um título em 21, disputamos finais de 22, ganhamos títulos em 23 e 24, agora chegamos nas quartas de final. Claro que queríamos prosseguir, mas disputamos contra um time que é SAF e cujo investimento em futebol é maior que o faturamento anual. Então, acredito que o futebol lá na frente comece a trabalhar no Fair Play financeiro que é importante para todo mundo e temos que fazer nossa lição de casa”.
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