Acontecerá uma votação no Conselho Deliberativo do São Paulo nesta terça-feira (1º) referente a um projeto de reestruturação financeira do clube que tem como foco a criação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), com o intuito de captar R$ 240 milhões para substituir a maior parte das dívidas bancárias, conforme informação do Globo Esporte.
No Instagram, o presidente do Tricolor, Julio Casares, pronunciou-se sobre o projeto: “São-paulinas e são-paulinos. Hoje à noite, temos a apresentação de um projeto importantíssimo: o de reestruturação financeira. Na sequência, será realizada a votação no Conselho Deliberativo, com encerramento amanhã, no fim da tarde. Com esse projeto (fundo dedicado exclusivamente ao SPFC) produzido com a Galápagos trabalharemos o processo de fortalecimento do SPFC neste nosso segundo tempo, ou melhor, no nosso segundo mandato. Após conquistarmos títulos e importantes ativos de mkt no primeiro tempo, ganhamos musculatura para esse nosso segundo passo. Se aprovado este projeto, ainda vamos apresentar dificuldades no balanço de 2024, mas vamos começar a colher os frutos no FIM DE 2025 e deixaremos o nosso amado Clube ainda mais forte para o meu sucessor. Vamos juntos, juntos pelo São Paulo!”.
A diretoria busca reduzir de forma considerável o valor das dívidas nos próximos cinco anos e este plano é considerado o mais importante dos últimos quatro anos do Tricolor. Foi o que afirmou o presidente do Conselho, Olten Ayres de Abreu Júnior.
Conforme relatado em matéria do GE, se aprovado o projeto, o São Paulo terá algumas limitações no que se refere a gastos e novas dívidas. Confira os termos:
- (a) Limite para gasto/investimento no futebol: o menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$ 350 milhões;
- (b) Limite para salários da administração do clube: o menor valor entre 4% da receita bruta anual e R$ 25 milhões;
- (c) Vedação para novas dívidas, empréstimos ou obrigações financeiras em valor superior a R$ 10 milhões no mesmo trimestre, sem aprovação do comitê de crédito do fundo;
- (d) Vedação para cessão, desconto ou oneração de recebíveis (receitas futuras) de titularidade do clube, sem autorização do fundo;
- (e) Obrigação de apresentar superavit (lucro) ao final de todos os exercícios a partir do ano terminado em 31 de dezembro de 2025.
A captação dos R$ 240 milhões tem como intenção quitar as dívidas antigas e se concentrar em pagar um único credor, assim, tendo mais tempo paga realizar o pagamento e com condições mais benéficas ao clube.
O valor da dívida bancária do São Paulo até o final do ano passado era de R$ 217 milhões. Confira em detalhes:
Com este novo credor, o prazo para quitar os débitos seria de quatro anos e meio, ou seja, com vencimento em dezembro de 2028. As garantias oferecidas pelo Tricolor são:
- (i) contratos de patrocínio;
- (ii) direito de uso de espaços;
- (iii) licenciamentos;
- (iv) direitos de transmissão;
- (v) programa de sócio-torcedor;
- (vi) vendas de jogadores.
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