São Paulo, o dia do goleiro e a ingrata missão de suceder Ceni

Foto: Marcos Riboli

O dia 26 de abril foi o escolhido para homenagear a profissão de goleiro. A data coincide com o aniversário de Manga, lendário goleiro do Botafogo, do Inter e do Grêmio, que é considerado um dos maiores da posição na história. No São Paulo, grandes nomes construíram a trajetória vitoriosa do clube, tais quais José Poy, Waldir Peres e Zetti. O grande imbróglio no clube, no entanto, é superar o estigma de ter construído um dos maiores fenômenos do futebol no gol: Rogério Ceni.

A carreira de Ceni é batida e praticamente irretocável. O goleiro construiu o seu nome em um único clube, ao qual conquistou todos os títulos importantes possíveis: Libertadores, Mundiais, Brasileirões, Paulistões, torneios sul-americanos, enfim, inúmeras glórias em seus quase 25 anos de carreira. No dia 7 de setembro, um feriado de Independência, Ceni iniciou sua trajetória no São Paulo. Em 2015, com a sua aposentadoria, iniciou-se um período infindável de dependência de sua memória.

Explica-se. É que, desde então, o torcedor são-paulino acompanha um sem-número de sucessores não obterem êxito como goleiro do Tricolor. Após Ceni, já passaram pela meta do São Paulo Dênis, Renan Ribeiro, Sidão, Jean, Lucas Perri, Volpi e Jandrei. Nenhum deles conseguiu cativar ao ponto de estar perto de qualquer unanimidade. É como se o São Paulo sempre estivesse carente na posição. Aquele que mais teve sucesso depois da era Ceni, Tiago Volpi, hoje amarga a reserva e coleciona insatisfações dos adeptos do Tricolor.

No São Paulo, o dia do goleiro é o de relembrar Mário, King, Zetti, Peres, Poy e outros gigantes. Mas também o de refletir sobre o calvário e a dor daqueles que tentam, mas até hoje não conseguiram, suceder aquele que foi senão o maior, mas um dos mais vencedores nomes da história do clube. A tarefa mais ingrata no Tricolor desses tempos.

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