O São Paulo registra atualmente quase 55 mil sócios torcedores, número abaixo principalmente se comparado aos rivais. O Palmeiras, por exemplo, apresente mais de 184 mil sócios.
Este foi um questionamento feito ao diretor de marketing do Tricolor, Eduardo Toni, em entrevista à ESPN, quando revelou que o clube apresentou um faturamento de R$ 55 milhões com o programa de sócio torcedor na última temporada.
“O São Paulo considera sócio-torcedor o torcedor que está adimplente no mês. Se passou o mês e não está adimplente, ele sai da nossa base. Tem clubes, e não é uma crítica, é uma constatação, que consideram 12 meses (sem pagar a mensalidade para colocar um membro do programa como inadimplente). Tem uma base muito grande, mas (de sócios) ativos, muito menor. O nosso número é transparente, o nosso site tem o contador, está flutuando na faixa dos 50 mil, mas o mais importante não é o número, e sim a receita que ele traz. Esse ano que se encerrou (2024), o São Paulo apresentou um faturamento de cerca de R$ 55 milhões com o sócio-torcedor”.
Toni citou a capacidade de público do MorumBIS como um fator que interfere para que o número de sócios seja menor do que de outros times.
“O São Paulo tem um aspecto de ter um estádio para quase 70 mil torcedores. Outros cabem 40 mil, que você oferta 30 mil. Se você não é sócio, você não consegue assistir ao jogo de seu clube. Isso não acontece com o São Paulo. Temos um estádio muito grande, a necessidade de ser sócio-torcedor para quando tiver um jogo grande eu conseguir comprar, no Morumbis, quase não acontece. Claro que o programa sempre pode aperfeiçoar, fizemos mudanças nos últimos meses, melhoramos os critérios, não é só valor da mensalidade que conta para conseguir prioridade na compra, tem uma série de fatores, que hoje beneficia quem vai mais. Sempre pode melhorar e aumentar o faturamento, mas há uma estratégia, nosso objetivo é chegar em torno de 60 ou 70 mil sócios-torcedores adimplentes”.
Outro ponto abordado pelo diretor foi o empenho do clube em levar benefícios também aos torcedores que moram fora de São Paulo e não podem comparecer ao estádio com frequência.
“Segundo o Ibope/Repucom, temos 25% da nossa torcida no Nordeste. São 5 milhões de torcedores que moram no Nordeste. É um consumidor muito importante para nós. Foi um dos motivos para a gente mudar o fornecedor de material esportivo, para que o torcedor tivesse possibilidade de comprar os produtos em outras cidades. O nosso e-commerce era muito focado nos uniformes, hoje, qualquer produto licenciado do São Paulo tem no e-commerce, e você alcança o Brasil inteiro com isso, e até o mundo. Temos as embaixadas por todo o Brasil, o programa de sócio-torcedor voltado para quem não está em São Paulo, para ajudar, contribuir. Quando o São Paulo vai jogar na Bahia, os sócios da Bahia vão para o hotel, se encontram com jogadores, comissão técnica. É sempre uma ação importante. A gente sempre tenta atender a maioria dos nossos torcedores. Claro que é em São Paulo que está a maioria dos torcedores, mas a gente tenta ampliar para todo o Brasil”.
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