Telê Santana e Johan Cryuff: Pacto pelo bom futebol

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Telê Santana e Johan Cruyff conversaram antes da final do Mundial de 1992 (NELSON COELHO/Placar/DEDOC/Getty Images)
Imagem: NELSON COELHO/Placar/DEDOC/Getty Images

Em entrevista à Agência EFE, o árbitro da histórica final do mundial de clubes de 1992, o argentino Juan Carlos Loustau, contou que devido a estar eem sono por conta do fuso horário do Japão, foi convidado para um bate-papo entre os treinadores no saguão do hotel em que estavam na madrugada do dia 11.

Símbolos do futebol ofensivo e bem jogado, Telê Santana e Johan Cruyff, marcaram a história do futebol, mesmo sem vencer as Copas do Mundo que disputaram. A Seleção Brasileira de 1982 e a Seleção Holandesa de 1974, são sempre relembradas entre os melhores times da história.

“Eles falavam de futebol como se fosse algo sagrado. Diziam que interromper uma partida com simulações de lesões, esconder a bola ou fazer uma substituição para ganhar segundos não era válido”, afirmou o árbitro. “Estavam convencidos que perder jogando bem não era fracassar e que em uma partida leal, com respeito aos princípios, não há vencedores nem vencidos”, comentou o ex-árbitro.

Raí, do São Paulo, no jogo contra o Barcelona, na final do Mundial Interclubes de 1992 (Ricardo Correa/Placar)
Foto: Ricardo Correa/Placar

O duelo no Japão teve a vitória do Tricolor de Telê Santana, marcando a conquista do primeiro título mundial do São Paulo, quebrando um jejum de 9 anos sem coquistas brasileiras no torneio. Porém, este fato, desconhecido até hoje, simboliza um pouco do que foram as personalidades e profissionalismo de Cruyff e Telê.

“Cruyff e Santana queriam ganhar, mas não de qualquer forma”, completou Lostau. “‘Negócio fechado’, disse Cruyff, enquanto Santana me perguntava se eu iria participar, e eu coloquei minha mão no topo.”

Saudades.

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