Após o empate sem gols entre São Paulo e Palmeiras no Allianz Parque, um dos assuntos mais comentados entre torcedores e comentaristas foi a insistência do técnico Zubeldía no esquema tático com três zagueiros.

A formação com três zagueiros não é novidade no São Paulo. Já foi utilizada com sucesso por treinadores anteriores, como Hernán Crespo e Dorival Júnior, especialmente em jogos decisivos de competições mata-mata. No entanto, como ressaltado por Zubeldía, a implementação desse sistema exige que os jogadores, especialmente os alas, tenham uma boa capacidade de apoiar e recompor rapidamente, além de zagueiros com boa saída de bola.

Zubeldía tem se mostrado disposto a insistir no 3-5-2 se houver tempo para adaptação dos jogadores e evolução do sistema. Ele mesmo destacou que, embora o time ainda esteja em processo de adaptação, o esquema está dando sinais de evolução. O esquema não favorece apenas na defesa, mas também em como podemos transitar para o ataque, o que faz com que a formação se torne uma alternativa interessante.

Durante o clássico contra o Palmeiras, alguns jogadores se destacaram. Igor Vinícius, por exemplo, foi elogiado pela forma como neutralizou o lateral-esquerdo Piquerez, um dos principais jogadores do Palmeiras. Igor fez um jogo justo. Impediu as ultrapassagens do Piquerez e inibiu suas ações ofensivas. Lembrando que, quando se está jogando com três zagueiros, sempre há espaço para um erro, como vimos no desvio que quase resultou em gol.

Embora o esquema tático ainda exija ajustes, principalmente em relação ao entrosamento entre os jogadores, a flexibilidade de Zubeldía e as alternativas que ele tem em mente indicam que o São Paulo poderá continuar evoluindo com essa formação ao longo da temporada. O 3-5-2 pode ser uma chave para consolidar uma identidade de jogo sólida e competitiva no futebol brasileiro.

Confira a análise no programa Debate em 3 Cores: