Luis Zubeldía, técnico do São Paulo, foi o convidado do “Bola da Vez” da ESPN. Durante a entrevista, comentou sobre diversos tópicos, como a temporada do time, a base, a vinda de um camisa 10 e sobre Luciano. Confira o que disse o comandante do Tricolor:
Falando sobre o ano do São Paulo, Zubeldía foi questionado: o clube divulgou, no início do ano, metas a serem batidas, e elas foram alcançadas; porém, apesar disso, “dava para ir além em algum campeonato”?
Zubeldía é direto: “sim, sem dúvida“. Porém, traz uma reflexão: diz que é preciso esclarecer sobre a dificuldade do Campeonato Brasileiro, comentando que, se olharmos para os times que ficaram atrás do São Paulo na tabela, isso mostra o quão difícil é o campeonato. Diz ainda que o que dá corpo, equilíbrio e seriedade para uma instituição “é o Brasileirão“, pois é ele que mostra se você tem um time competitivo, coerência institucional e equilíbrio no corpo técnico. Explica que isso se dá, pois no campeonato você vai passando por todas as situações emocionais, nas quais tem que mostrar equilíbrio. “Acho que foi um ano bom para o São Paulo“. “Poderíamos ter ido melhor“, mas diz que sentiu que “a Copa Libertadores era nossa“; então “eu disse aos jogadores: vamos classificar de forma direta, porque 2025 pode ser o nosso ano. E, se não for, vamos ter que seguir tentando“.
Falando sobre o uso da base, Zubeldía é sincero, dizendo que “meu contrato termina no fim de 2025. Se saio campeão e não consolidei 2 jovens” para poderem desfrutar do São Paulo e para poderem virar futuras vendas, então “será um fracasso meu“. E repete: “mesmo que eu saia campeão de algum torneio; ao final de minha passagem, quero deixar 2 jovens“. Diz que William (Gomes) já está encaminhado, e que outro jovem deverá seguir o mesmo caminho.
É falado então sobre a função do camisa 10, que é tão característico na Argentina, e que os times de ponta no Brasil têm. Portanto, é perguntado: “está dentro do projeto (para 2025) um maestro, um número 10 para o São Paulo“?
“Sim, sem dúvidas“. Porém explica: “o ponto é o financeiro“. Explica que defende que o São Paulo não desarme quem lá já está, mas que isso não exclui a vinda de um 10; “o time precisa de um 10, os atacantes precisam de um 10“. Elogia e explica um pouco sobre os volantes brasileiros, que, em conjunção com os atacantes, podem funcionar como um cérebro a mais. Mas confirma que a vinda de um camisa 10 “seria uma boa opção“, repetindo, no entanto, que o “mas” da situação, é o financeiro.
Por fim, é questionado: “Luciano, defina ele“.
Mais uma vez, Zubeldía crava: “gol. O vínculo dele é com o gol“. Exalta em Luciano algo que muitos não se interessam e que hoje com o GPS podemos identificar, que é o “metro por minuto“. Zubeldía explica que o metro por minuto de Luciano é muito bom, e que, pelo meio, precisamos de jogadores que tenham essa característica. Pontua que é claro que Luciano não vai ter a consciência tática defensiva que um meia pode ter, “porque ele pensa no gol”; mas que, pelo bom metro por minuto “me cumpre a função“. Comenta que hoje, os volantes fazem quase a função de um 10, brincando que “se deixar muito livre, te deixa louco“. Mas volta a Luciano e arremata que “em sua mente está o gol, porque é um atacante“, por isso é utilizado como um atacante, só que mais atrás que o centroavante.
Confira alguns momentos da entrevista:
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