É impressionante como uma parte do torcedor são-paulino (não sei precisar se 10%, 20% ou 80%) caiu no conto de James Rodríguez. Essa parcela da torcida sofre da Síndrome de Estocolmo (se você não sabe o que é isso, abaixo eu trago uma explicação) e segue defendendo o indefensável, quando se trata do camisa 55 colombiano.
James Rodríguez nunca quis jogar pelo São Paulo, tal como nunca quis jogar por Everton, Al-Rayyan e Olympiacos. Pelos números, a última vez que o jogador quis jogar por um clube, foi pelo Bayern de Munique, entre julho de 2017 e junho de 2019, quando esteve emprestado ao clube alemão pelo Real Madrid.
Acredito que o mundo todo gostaria de ver James Rodríguez jogando o fino da bola pelo São Paulo, tal como ele tem feito pela Seleção Colombiana. Com 33 anos e jogando muito no dia a dia, poderia muito bem fazer a sua “the last dance” em alguma grande liga europeia. Poderia não ser em um Real Madrid, mas sim em um Sevilla, Porto, ou talvez em um Atlético de Madrid da vida.
Não há como defender um jogador que não quer atuar pelo seu clube, a não ser que você torça mais pelo James Rodríguez FC, do que pelo São Paulo FC. James fez de tudo para não viajar pelo São Paulo em 2023, além de ‘fugir’ da final da Supercopa do Brasil, pelo fato de ficar no banco de reservas, e também fez biquinho ao não ser colocado em campo nas finais da Copa do Brasil.
Quem contratou James Rodríguez? Será possível que ninguém do São Paulo foi atrás do retrospecto do atleta nos últimos anos? Olhando o retrospecto de James em Everton, Al-Rayyan e Olympiacos, o ideal era propor um contrato de produtividade ao atleta, e caso ele não aceitasse, tudo bem, era só dar boa sorte para o colombiano e cada um seguir a sua vida.
No fim o São Paulo assinou um contrato até 30 de junho de 2025 com o atleta, se sujeitou a pagar (se é que paga) uma paulada por mês, por um atleta que não tem qualquer apreço pelo clube o qual está ligado. Para defender o atleta, muitos dizem: “ah, o São Paulo deve ele, o James está certo“. Quando os salários e direitos de imagem de todo o elenco estavam atrasados, o Calleri continuava lutando como sempre lutou, inclusive neste exemplo conseguimos diferenciar o caráter de ambos.
O que é a Síndrome de Estocolmo
A síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico em que reféns ou vítimas de sequestro desenvolvem sentimentos de simpatia, lealdade ou mesmo afeto por seus captores. Esse termo se originou de um assalto a banco em Estocolmo, Suécia, em 1973, onde os reféns começaram a defender seus sequestradores após passarem seis dias juntos. A síndrome pode ocorrer em várias situações de cativeiro ou abuso, incluindo relações abusivas. Acredita-se que seja uma estratégia de sobrevivência, onde a vítima tenta criar um vínculo com o agressor como uma forma de reduzir a ameaça percebida e aumentar as chances de sobrevivência. (via ChatGPT)
O que eu faria com James Rodríguez
Dito tudo isso acima, o que eu faria com James Rodríguez, após a sua incrível Copa América? Primeiro precisaria esperar a nossa ‘diva‘ voltar da sua festa de aniversário, o que somente acontecerá no começo da próxima semana. Uma reunião tem que acontecer, envolvendo diretoria, comissão técnica, jogador e seu empresário.
O primeiro ponto que precisa ser colocado na mesa: James Rodríguez quer jogar pelo São Paulo? Se sim, seria convocado para todos os jogos. E se eu fosse o Zubeldía, deixaria ele jogando os 90 minutos nos próximos 3 jogos (após o Juventude), para ver a reação do colombiano.
Se a resposta de James fosse “não quero mais jogar no São Paulo”, então o Tricolor precisa se livrar dessa bucha de vez, e tentar um bom acordo, com o colombiano abrindo mão de salários e bônus para uma liberação imediata.
O que não dá é para essa situação continuar se arrastando. Com James Rodríguez fazendo de conta que é jogador do São Paulo e com o São Paulo fazendo de conta que paga e conta com o colombiano. No fim, é o torcedor que sofre, vendo o colombiano jogar muita bola em sua Seleção, e não fazendo questão alguma de jogar em seu clube. Fora ter que aguentar a meia-dúzia de torcedores que se dizem são-paulinos, mas que na verdade fazem parte do fã-clube oficial do meia colombiano.
No fim, a opinião do nosso volante tricampeão da Libertadores e do Mundo, Renan Teixeira, é fantástica! Assino embaixo de tudo que o Renan disse, recomendo a visualização do vídeo abaixo:
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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