Sabe aqueles jogos que despertam raiva, só de lembrar? Erros acontecem, mas todo mundo se lembra de alguma partida ou fato com um “favorecimento” descarado para o adversário, não é mesmo?
Pesquisamos aqui os 10 jogos que nossos leitores e torcedores listaram como os maiores erros que o São Paulo já sofreu. Confira:
10º São Paulo x Corinthians – Paulista 1988

No Paulista de 1988, após a primeira fase do campeonato, os 4 grandes do estado caíram no mesmo grupo para brigar por uma vaga à final, no chamado “Grupo da Morte”.
Na 4ª rodada dessa fase, São Paulo e Corinthians se enfrentaram no Morumbi. O Tricolor vencia, mas sofreu o empate com um gol claramente impedido de Biro-Biro, que gerou uma briga imensa, tendo até o técnico Cilinho, agredindo o juíz Renato Marsiglia.
No fim daquela fase, o Coritnhians se classificou para a final com o Guarani, com apenas um ponto a frente do São Paulo.

9º São Paulo x Corinthians – Paulista 1938

O Paulistão de 1938 foi uma verdadeira bagunça e a final entre São Paulo e Corinthians, foi jogada só em abril de 1939. O São Paulo começou na frente e a partida foi interrompida aos 21 minutos do primeiro tempo, por causa da chuva.
Dois dias depois, o jogo foi retomado e o Corinthians empatou faltando 25 minutos para o fim, com um gol de mão do atacante Carlito, e ficou com a taça.
8º Santos x Cruzeiro – Copa União 1987
Na Copa União de 1987, Cruzeiro x Santos se enfrentaram pela última rodada do Grupo B da 2ª fase. Os mineiros precisavam de um empate para se classificar às semifinais do torneio e a disputa era contra o São Paulo que, um dia antes, venceu o Internacional no Morumbi por 3×0.
Desta forma, os são-paulinos passavam a secar a Raposa para disputar um jogo desempate com o próprio Cruzeiro, e disputar a vaga.
O Santos, já eliminado, não estava interessado na partida e as arquibancadas contaram com muitos são-paulinos que foram torcer pelo rival.
O que os Tricolores não contavam, é que o árbitro era José Roberto Wright (o mesmo que prejudicou o Atlético-MG contra o Flamengo na Libertadores de 1981).
Aos 46 minutos do segundo tempo, com um gol impedido do cruzeirense Careca, os mineiros se classificaram para as semifinais.

7º São Paulo x Palmeiras – Paulista 1950

O São Paulo buscava um inédito (até hoje) Tricampeonato Paulista e chegava àquela decisão precisando da vitória, pois o empate daria o título ao rival.
A partida ficou conhecida como o “Jogo da Lama”, por conta de um temporal que deixou o gramado do Pacaembu, um lamaçal. Mas para os são-paulinos, a “lama” não se resumiu ao estado do campo.
O atacante do Tricolor, Teixeirinha, marcou um gol, inflamando a torcida, e com o resultado parcial, seguiu para o intervalo com o resultado que garantia o título para o São Paulo.
O Palmeiras em patou o jogo no segundo tempo, e quando Teixeirinha marcou o segundo, o árbitro inglês Alwin Bradley, anulou inexplicavelmente, alegando um impedimento que não existiu.
Graças a esse erro, o Tricampeonato Paulista do São Paulo ficou no sonho e o título foi para o rival.
6º São Paulo x Novorizontino – Paulista 2020

Esse foi recente e todos se lembram muito bem. Na partida válida pela primeira fase do Paulistão de 2020, o São Paulo enfrentou um time quase reserva do Novorizontino, que jogaria a Copa do Brasil.
Em um jogo maluco, em que o São Paulo pressionou muito o adversário, perdendo chances e acertando o travessão, o árbitro Flávio Roberto Mineiro Ribeiro anulou inexplicavelmente dois gols e ignorou dois pênaltis.
A Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol admitiu os erros, afastou o trio de arbitragem, mas não anulou a partida ou considerou qualquer retratação ao São Paulo.
5º São Paulo x Botafogo – Brasileirão 1999
No Brasileirão de 1999, após o Botafogo ser rebaixado para a Série B, surgiu a informação de que o atacante do São Paulo, Sandro Hiroshi, havia adulterado sua idade alguns anos antes e por isso, estava irregular.
O clube carioca entrou com um pedido para anular a partida em que foi goleado por 6×1 no Morumbi contra o Tricolor, e ficou com os 3 pontos, salvando-se da degola. O Internacional aproveitou o mesmo argumento e também ganhou os pontos do empate contra o SPFC.
Porém, em julho do mesmo ano, a CBF reconhecia que a data de nascimento do jogador nos seus registros do Rio Branco e do São Paulo estava adulterada, mas mesmo assim autorizou a escalação de Hiroshi.
Outras seis equipes (Botafogo-SP, Inter, Coritiba, Atlético-MG, Vasco e Guarani) também pleiteam os pontos, mas o mesmo critério de julgamento não foi usado e o São Paulo manteve os pontos.
Tudo pareceu uma manobra para salvar o Botafogo e, além disso, gerou uma confusão gigante para o ano seguinte, já que o Gama acabou sendo rebaixado no lugar dos cariocas e conquistou na justiça, o direito de jogar a Série A. Isso deu origem à Copa João Havelange e outra história.
4º São Paulo x Corinthians – Brasileirão 2005
O Brasileirão de 2005 ficou marcado pelo caso da Máfia do Apito e anulação de partidas apitadas pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho, que foi acusado de receber entre dez e quinze mil reais fixos por jogo.
Com isso, a CBF cancelou 11 partidas e manchou aquela edição, que daria o título ao Internacional, não fosse a anulação das partidas e ainda o prejuízo com um erro de arbitragem no jogo dos colorados contra o Corinthians.
Focado na preparação para o Mundial de Clubes contra o Liverpool, o São Paulo disputou o Brasileirão de 2005 apenas para não correr riscos, mas uma de suas vitórias foi anulada. Justamente contra o Corinthians.
3º São Paulo x Corinthians – Paulista 1993
Na fase semifinal do Paulistão de 1993, o São Paulo de Telê buscava o Tricampeonato Paulista com uma certa ressaca, após conquistar o bicampeonato da Libertadores
Na segunda fase do torneio, houve um quadrangular que colocou o Tricolor contra o Corinthians apenas 4 dias depois do título conquistado no Chile.
O São Paulo não perdia para o rival desde a final do Brasileiro de 1990 e mesmo cansado, era favorito, porém, o árbitro José Aparecido de Oliveira, anulou um gol legítimo de Palhinha e validou um gol impedido de Neto.
Além disso, na rodada seguinte, o Corinthians venceu o Novorizontino, enquanto o São Paulo goleava o Santos por 6×1, na despedida de Raí. Por um ponto, o rival passou para a final contra o Palmeiras-Parmalat.
Há quem diga que teria sido um resultado encomendado para que o Palmeiras pudesse sair da longa fila de 18 anos, enfrentando um rival menos competitivo.
2º São Paulo x Atletico Nacional – Libertadores 2016
Outro jogo recente, que ficou na memória de todos os são-paulinos que acompanharam o esforçado time do São Paulo na Libertadores de 2016, em busca do Tetra.
O Tricolor chegou às semifinais do torneio e enfrentou o Atlético Nacional da Colômbia, que em 2014 havia eliminado o São Paulo nas semifinais da Copa Sul-Americana.
Aos 29 minutos do segundo tempo do jogo de ida, uma expulsão exagerada de Maicon, desmontou a defesa Tricolor. O treinador Edgardo Bauza também colaborou ao não recompor o setor e perdemos por 2×0.
Não bastasse a revolta pelo jogo de ida, ainda houve um episódio na partida de volta, em Medellin.
A partida estava empatada em 1×1 e no final primeiro tempo, quando Hudson estava prestes a desempatar, foi derrubado na área e o pênalti não foi marcado.
Um gol marcado naquele momento e ir para o intervalo em vantagem, poderia alterar as atitudes dos times e isso certamente influenciou a classificação para as finais.
1º São Paulo Velez Sarsfield – Libertadores 1994
Para muitos, a derrota mais dolorosa na história do São Paulo. Morumbi lotado, o time em busca de um Tricampeonato seguido e sufocando o rival, mesmo após ter perdido o jogo de ida.
Revertendo a vantagem do adversário, Muller marcou 1×0 no primeiro tempo e o que se seguiu foi uma grande pressão Tricolor em busca do segundo gol, que daria o título.
No entanto, logo no começo do segundo tempo, o árbitro Ernesto Filippi ignorou um pênalti claríssimo quando o zagueiro argentino colocou a mão na bola dentro da área em um cruzamento.
Infelizmente, a partida foi para os pênaltis, Palhinha errou sua cobrança, Chilavert se consagrou e a gloriosa “Era Telê”, simbolicamente encerrava-se naquele momento.

E você, se lembra de algum outro episódio com erros tão decisivos assim?
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Agradecimentos às colaborações de Michael Serra e Alexandre Giesbreicht.