No início da última temporada o encanto com Cotia se perdeu. Irônico, porque o final de 2023 e início de 2024 representava o retorno de Lucas Moura, o cara que lembrou ao torcedor que a solução vem de casa. Mas, quando olhávamos pra casa, já não parecia a nossa casa mais.
Resultados decepcionantes, uma campanha inicial no Brasileirão frustrante, demissão de técnico, falta de transparência… Eram muitos os motivos pro torcedor se desiludir com o que Cotia um dia representou. Ao olhar pra Cotia, não se via muita solução.
Mas o melhor estava por vir. Com a troca de técnico e com um pouco mais de atenção de todos, Cotia voltou a ser Cotia. O título da Copinha premia um trabalho de excelência de Allan Barcellos e nos promete sonhar com o futuro de diversas joias.
A essência de Cotia é sobre identificação. É sobre a “são-paulinidade”, sabe? Sobre representatividade. Não é necessariamente sobre craques. Isso é consequência. O São Paulo nunca revelou por revelar. Revelou sempre por amor à camisa.
Essa geração volta a representar isso. A esperança de que a solução pode sim estar novamente em casa. E não só a solução financeira, mas também a solução de um futebol são-paulino. Um futebol com identificação e identidade do clube.
Que dê certo essa nova geração. O que não falta é torcida por todos eles, e a certeza que terão apoio nos momentos bons e ruins.

Priscila Senhorães é setorista do São Paulo pela TNT Sports. Você provavelmente já viu conteúdos dela por aqui, seja entrevistando ou reportando. Priscila agregará colunas opinativas e com um toque de informação de quem conhece muito bem os corredores do Morumbis.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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