Eu queria ter escrito esta coluna já no sábado, ou no domingo, após a “burra” derrota contra o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro, mas não fiz para evitar que a Geração Enzo da torcida do São Paulo dissesse que eu estava criando crise no clube, como se eu, um mero torcedor, tivesse força e peso para isto.
Dorival escalou o São Paulo com 6 titulares contra o Cuiabá (Rafael, Arboleda, Caio, Pablo Maia, Rato e Calleri) e utilizou outros 3 titulares (Luciano, Alisson e Michel Araújo) no segundo tempo. Quando eu cito titulares aqui, é baseado na escalação na derrota contra o Corinthians pela Copa do Brasil, onde estes nove atletas foram titulares.
Poderia apenas criticar Dorival, mas seria mal caráter em fazer isto. Dorival teve sua parcela de culpa, mas sabemos que esta decisão não é única do treinador, fora que existem diversos outros profissionais que auxiliam neste momento, como fisiologistas, médicos e inclusive pessoas da administração a respeito dos jogadores que estão pendurados.
Três dias antes da partida de ida pela semifinal da Copa do Brasil, o São Paulo teve a brilhante ideia de utilizar 9 jogadores titulares em Cuiabá, e que no fim das contas não serviu para nada, pois perdemos a partida e tivemos o desgaste de todos eles. Desgaste não só no jogo, mas também da preparação e da viagem de ida e volta.
No jogo contra o Cuiabá, o São Paulo tinha que ter usado um time completamente reserva, aproveitando o momento inclusive para testar e dar minutagem para alguns atletas, como Belém, Welington, Pato e até mesmo alguns outros garotos da base, como Maioli e Pedro Vilhena.
Perdemos em Cuiabá, perdemos Calleri e Luciano para a próxima partida pelo Brasileirão contra o Bahia por suspensão e ontem, terça-feira, perdemos em Itaquera pela Copa do Brasil. Não só perdemos a primeira partida decisiva, como também perdemos Calleri, logo aos 25 minutos por contusão. Será que Calleri teria se machucado, se não tivesse atuado 66 minutos contra o Cuiabá?
Esta falta de gestão do elenco por parte do São Paulo pode fazer o clube perder no mínimo 30 milhões de reais, que é a premiação do vice-campeão da Copa do Brasil. O campeão leva 70 milhões de reais para casa. Logicamente que nada está perdido e temos tudo para reverter o placar adverso no Morumbi lotado, no próximo dia 16 de agosto.
E olha que eu nem vou falar nada sobre a liberação para Rafinha ir para a Alemanha, apenas para ser homenageado pelo Bayern, também às vésperas do jogo decisivo pela Copa do Brasil. Pode ter ido e voltado de primeira classe, mas a primeira classe não anula os efeitos do jetlag…
Longe do Z4, com chances quase nulas de rebaixamento no Brasileirão, o São Paulo precisa ser mais inteligente em suas escolhas, principalmente agora, onde a Copa do Brasil está em sua reta final e o mata-mata da Copa Sul-Americana irá começar na próxima semana.
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