A impaciência nas mídias sociais

Paciência

Não é pra ser um texto longo ou nenhum tipo de estudo, mas já parou pra pensar que alguns nomes do São Paulo poderiam não ter continuado se existisse internet e redes sociais no passado?

Revendo alguns arquivos, revistas de coleção e conversando com amigos, resolvi listar aqui algumas situações de jogadores que demoraram para conquistar seu espaço no São Paulo e eram criticados.

Será que hoje em dia, eles teriam tempo suficiente para mostrar suas qualidades e se adaptarem ao clube?

Dario Pereyra

O craque uruguaio chegou ao São Paulo para ser o camisa 10 e substituir o lendário Pedro Rocha, seu compatriota. Logo de cara, fez parte do time que conquistou o título brasileiro, mas seguidas contusões o abateram.

O jogador passou por um período complicado de depressão e ouviu muitas críticas, mas conseguiu se recuperar com muito trabalho e a ajuda dos conselhos do ídolo da camisa 10 que havia deixado o Tricolor.

A adaptação foi muito difícil, como é possível ver nesta reportagem de José Maria de Aquino, na Revista Placar em 1980:

Dario Pereira 00 | Arquibancada Tricolor

Careca

Após perder a Copa do Mundo de 1982 devido a uma contusão, o atacante foi contratado pelo São Paulo e, embora tenha marcado em sua estreia, demorou algum tempo para engrenar.

Chegou no Tricolor para substituir o maior artilheiro da história do clube (Serginho). A pressão era grande, mas os recorrentes problemas no joelho geraram críticas da torcida e imprensa.

Careca 1983 | Arquibancada Tricolor

Raí

O São Paulo disputou a contratação com o Corinthians e devolveu o “chapéu” que sofreu quando quase contratou seu irmão, Sócrates e isso gerou grande expectativa sobre o jogador que já se destacava no Botafogo.

Chegou em 1987 para substituir Careca, embora não tivesse as mesmas características e era muito criticado por torcedores e imprensa por ser lento e pouco participativo.

Somente em 1990, Raí passou a jogar melhor e mesmo assim, quase foi parar no Flamengo, por empréstimo. Após a chegada de Telê, finalmente se tornou o grande ídolo que é até hoje.

Rai 1988 | Arquibancada Tricolor

Diego Lugano

“O jogador do presidente”, foi contratado por Marcelo Portugal Gouvea e apresentado sem qualquer expectativa no São Paulo. Amargou o banco por muito tempo e quase saiu do clube.

Considerado pela imprensa e adversários como um jogador apenas violento, Lugano trabalhou calado, conquistando seu espaço e respeito de jogadores e torcida.

Lugano Revista Placar 2004 | Arquibancada Tricolor

Há que se ter paciência

É claro que a falta de títulos nos deixa impacientes, mas é preciso acompanhar e dar mais tempo a alguns jogadores que podem render mais.

Logicamente, nem todos jogadores provam merecer essa chance, até mesmo porque vimos muitos nomes duvidosos chegando ao clube nos últimos anos, mas temos que ver caso a caso.

Há muitos jogadores que poderiam ter construído uma história legal por aqui, mas nunca saberemos.

E você, o que acha? Lembra de outros jogadores que demoraram para dar resultado?

Comente!

Fotos: Revista Placar

Compartilhe esta notícia