A profundidade é o alargamento do campo de maneira vertical, ou seja, seria em tese a distância do jogador mais ofensivo da equipe para o seu próprio gol. Um detalhe: a profundidade pode ser feita por qualquer jogador, não somente pelo centroavante da equipe, por mais que esta, na maioria das vezes, seja mais perceptível pelo jogador que esteja exercendo a função de 9.
No primeiro tempo, o SPFC não teve profundidade.
O São Paulo foi escalado no seu habitual 3-5-2. Sendo a dupla ofensiva formada por: Vitor Bueno e Benítez (pelo menos em tese). Porém notem pela imagem 1 como Benítez raramente estava atuando na faixa mais ofensiva de campo, até pelas características do jogador. Tanto é, que muitas vezes quem chegou a atuar nessa faixa de campo foi Igor Gomes.
Ou seja, Benítez e Igor alternam-se nessa posição. Porém como mostra o mapa de calor dos dois jogadores na partida, ambos deixaram a desejar no quesito: atuar na faixa mais avançada do campo.
Sob essa perspectiva, é importante destacar dois aspectos:
1- Vitor Bueno, invariavelmente o jogador mais avançado do Tricolor, ainda está se adaptando a jogar dessa forma.
2- A alternância entre Igor e Benitez gerou uma confusão tatica no SPFC e não raramente ninguém ocupava a posição de segundo homem de ataque.
Já na segunda etapa, Igor passou a jogar de maneira mais avançada, Benítez foi recuado. O Tricolor melhorou.
A melhora foi potencializada pela entrada de Éder.
Não pela entrada do jogador em si, que até fez um bom jogo, mas bem como oportunizou ao São Paulo outra opção na frente para esticar essa bola e consequentemente alargar o campo (conferir profundidade para a equipe).
Destaque também para a volta de Miranda ao Morumbi. Partida bem lúcida do zagueiro.
Por: Tática Didática
