Após o empate por 1×1 contra o Ceará, no Morumbi, o agora treinador do São Paulo, Rogério Ceni, teve que tratar de um assunto polêmico de seu passado recente. À época no Flamengo, o ídolo são-paulino comparou o trabalho nas duas instituições, o que levou a torcida Tricolor à loucura.
“Eu trabalhei no São Paulo durante anos e é um time de massa. Mas aqui, assim, é uma atmosfera diferente. Ser Flamengo é muito mais uma inserção social”, falou, naquele período.
Ontem, contudo, Ceni esclareceu a sua fala e procurou ser bastante cuidadoso com as palavras. Para ele, a torcida precisa entender o respeito e o carinho que ele nutre pelo clube com a qual dedicou boa parte de sua vida.
“A minha relação com o São Paulo é eterna. E eu respeito, pelo amor de Deus (o clube). Se eu durante 25 anos deixei minha vida aqui dentro e ainda pode haver pessoas descontentes, eu lamento. Se o torcedor gritar ou não, estarei sempre próximo e respeitando”, apontou.
Sobre a fala, especificamente, ele buscou contextualizar.
“A declaração que foi dada na época do Flamengo, que é uma grande instituição e um ótimo lugar para se trabalhar, foi que no Rio de Janeiro é diferente de em São Paulo. Aqui, as torcidas são muito divididas entre os três grandes. Lá existem mais de 700 favelas. É praticamente uma inserção social vestir a camisa do Flamengo. Você faz parte daquela comunidade, daquele grupo. Daí é a grande diferença”, finalizou.
Essa foi a primeira coletiva depois de retornar ao São Paulo. O próximo desafio de Ceni será logo um clássico, contra o Corinthians, na segunda (18), também no Morumbi.
Confira a entrevista completa do Rogério Ceni abaixo ou clicando aqui:
