Clima esquenta em reunião da Liga do futebol brasileiro

Foto: Staff Images / Conmebol

Lideranças de Bahia e Athletico-PR entram em conflito durante a reunião

Na última sexta-feira houve uma nova rodada para formatação da nova liga do futebol brasileiro. E durante a reunião o clima esquentou entre os líderes de Bahia e Athletico-PR.

Guilherme Bellintani, presidente do Bahia e Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Administrativo e CEO do Athletico-PR discutiram de maneira ríspida na reunião.

Segundo notícias do jornal O Globo (matéria assinada por Lauro Jardim) a reunião teve um momento de discussão com o CEO da equipe paranaense afirmando que se a reunião fosse presencial teria “metido” a mão na sua cara (direcionado ao presidente do Bahia).

Petraglia comentou sobre o ocorrido com o UOL Esporte: “Os autores divergem. Há divergências naturais do processo. Tudo isso é verdade. Aconteceu. É o meu jeito. Eu não sou politicamente correto“.

A briga se deu devido a dois pontos de vista quanto o processo de tomada de decisão envolvendo a liga. O contexto atual envolve a organização da governança, dos cargos e da estrutura do estatuto que os clubes planejam assinar em agosto.

O CEO do Athletico-PR criticou o fato de empresas já terem sido ouvidas, enquanto o presidente do Bahia afirmou que essas foram ouvidas por indicação do próprio Petraglia.

O jovem presidente também falou sobre o incidente com o UOL: “Quando 40 clubes se reúnem, as pessoas mostram suas diferenças de pensamento. Mas o trabalho tem que continuar, independentemente das diferenças. É encontrar a convergência. É normal que no ambiente de 40 presidentes cada um tem seu jeito de pensar. É importante que a coletividade esteja preponderante e não cada um, individualmente”.

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Petraglia ainda comentou sobre os objetivos da liga nesse momento de crise na CBF: “Entendo que os caminhos devem ser de uma forma e outros entendem de forma diferente. Houve um conflito de entendimentos. Tenho certeza que a intenção dele [Bellintani] é contribuir, fazer o melhor para o futebol. O que eu estou voltado é para o bem do futebol de forma coletiva. Porque não tenho mais o que fazer individualmente. O futebol brasileiro precisa ser um continente e não um arquipélago. Eu já fracassei como dirigente de clube por N vezes em criação de liga nacional, regional, estadual… As vaidades, o poder, a divisão, as segundas intenções conflitam. Estou preocupado e tenho deixado clara a minha visão. Se não conseguirmos fazer a liga neste momento, virá o atestado de fracassado”.

O gestor fez questão de explicar o termo utilizado na reunião. Segundo ele, não houve uma comparação entre Guilherme e Eurico Miranda, mas apenas para confirmar o desejo de tirar o projeto do papel.

Não foi nesse momento, não houve vínculo a ele [Bellintani] da minha parte. Mas falei porque senti que a liga poderá não acontecer e continuaremos sem explorar a grande atividade empresarial, que é o entretenimento através do futebol. Eu tive um desencontro muito grande com Eurico Miranda, porque ele via o futebol de forma muito diferente. Ele via um futebol lúdico, mágico, mas não como indústria, um negócio. Ele dizia que futebol era para o povão. Eu sei que é, mas tem que ser pago por quem tem dinheiro. Meu conflito com Eurico só foi esse. Era meu amigo. Mas nós estamos todos quebrados porque não se transformou o futebol brasileiro em um grande negócio“, completou o dirigente.

Os clubes esperam se encontrar de novo na semana que vem, em data ainda indefinida. A próxima reunião será em 9 de agosto.

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