Foto: Torcedores.com
O Tricolor, encara amanhã a equipe do São Caetano no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, região do ABC do estado.
Cidade muito agradável para se viver, com quase 160 mil habitantes, é dona de um dos maiores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), do Brasil todo. No começo da década passada, a cidade foi palco de grandes decisões com o time local.
A Associação Desportiva São Caetano, foi vice-campeã brasileira em duas ocasiões (2000 e 2001), ainda foi vice da Libertadores de 2002 e campeã paulista em 2004. Depois, com o investimento da prefeitura diminuído, a equipe sofreu um rebaixamento atrás do outro. E hoje, é uma equipe sem divisão brasileira, apenas regional.
Campeão da Série A2 em 2017, voltou à elite para tentar surpreender… e conseguiu. Num grupo com São Paulo e Ponte Preta, foi vice-líder, se garantiu na fase final, além de conseguir classificação para a série D do ano que vem.
O início foi claudicante, o treinador Luis Carlos Martins, que estava há 3 anos na equipe, foi demitido. O ex-são-paulino Pintado assumiu e mudou totalmente a equipe, tanto que buscou a classificação.
O confronto
Para o jogo de amanhã, Pintado deve armar uma equipe parecida, com a que venceu o Palmeiras no Allianz Parque, há algumas rodadas. Time fechado, marcando forte, e muito rápido nos contra-ataques.
É importante frisar que em 12 jogos no paulista, sofreu 14 gols e fez apenas 8. Ou seja, o ataque não inspira confiança e a defesa, também não é das mais impressionantes. Porém, desde a chegada de Pintado, os dois setores melhoraram bastante. A marcação, inclusive, é bem mais aplicada.
O São Paulo vem num bom momento, dois jogos bons e vitórias tranquilas. Diego Aguirre vai estrear e deve levar o que tem de melhor a campo. Valdívia e Marcos Guilherme tem jogado muito bem, Júnior Tavares renasceu.
A defesa vive grande fase e tem 3 zagueiros no mesmo nível: Rodrigo Caio, Arboleda e Anderson Martins, e no meio campo, Jucilei voltou ao time. Com Aguirre, o time tende a ser mais organizado defensivamente, mais aguerrido e principalmente mais incisivo no ataque.
O que se viu, nos dois últimos jogos, foram equipes rápidas que partiram para cima com consciência defensiva e bem organizadas. Chances não faltaram.
Por jogar em casa, acredito que o São Caetano saia um pouco nos primeiros 15 minutos, para tentar um gol. E depois se feche e busque o contra-ataque.
O clube do ABC tem uma equipe experiente, com jogadores como o meia Chiquinho, que já passou por Santos, Fluminense e Flamengo. O lateral-esquerdo, Bruno Recife, que joga há 4 anos no azulão, tem 36 anos e já passou por Bragantino, Portuguesa e Guarani. O volante Cristian, que jogou no Corinthians, e estava no elenco campeão da Libertadores pelo Grêmio, é outro que defende o azulão.
Se o São Paulo jogar o que jogou nos dois últimos jogos, avança sem maiores problemas, ganha os dois jogos e vai com moral para a semifinal. O que não pode, é mudar a pegada dos recentes jogos e se entregarem durante os 180 minutos do confronto.
Por Victor Vasques
