Fernando Diniz seria capaz de resolver o problema do São Paulo? Números provam o contrário

Sem conseguir implantar um futebol convincente, o treinador Cuca foi mais um a perder o seu cargo no São Paulo e, com isso, abriu a mais nova temporada de especulações no futebol brasileiro.

Naturalmente, nomes começam a surgir e os dois favoritos, de acordo com o repórter André Hernan, da TV Globo, são Fernando Diniz e Tiago Nunes, atual comandante do Athletico-PR. Este último acabou de ganhar uma Copa do Brasil e transborda de prestígio com a torcida — sua saída seria improvável.

O ex-Fluminense, desempregado, seria a opção mais viável para o momento. Com um perfil mais ofensivo e um estilo ousado, Diniz teria tudo para sacudir o elenco Tricolor, não fosse os seus próprios números que acabam por botar um sinal de interrogação na cabeça do torcedor.

O espectador mais ligado no mundo da bola é capaz de se lembrar dos primórdios de Fernando Diniz como treinador, no Audax. O toque de bola envolvente e a ‘irresponsabilidade’ ao impedir que seus goleiros dessem chutões foram alguns dos marcos do mineiro naquela equipe.

Além das exibições que atraiam os olhares do público, o Audax tinha resultados expressivos. Foi sob a batuta de Diniz que o clube pouco conhecido alcançasse o vice-campeonato do Paulista contra o Santos, em 2016.

Mas se o começo foi alucinante, a queda foi meteórica. Depois do time de Osasco, o treinador não conseguiu atingir 50 partidas em nenhum dos clubes que dirigiu e uma dúvida foi levantada: será que ele é tudo isso mesmo?

No Paraná, foram 17 jogos e 7 derrotas. No Oeste, 37 partidas e 12 resultados negativos. Quando parecia que nada daria certo na carreira do Diniz, surgiu o Athletico-PR para oferecer a sua primeira oportunidade no comando de clube grande.

Mas, de novo, nada feito. O técnico conseguiu registar apenas 5 vitórias em míseros 21 jogos no time de Curitiba e, mais uma vez, foi sacado. Ele não só voltou a ser questionado como também ficou de maio a dezembro de 2018 sem dirigir um clube.

Foi aí que apareceu o Fluminense na vida do ex-jogador de 45 anos e, dessa vez, nem tudo foi um desastre. De cara, ganhou o prêmio de Melhor Treinador do Campeonato Carioca de 2019 e, com isso, indicava uma retomada em sua carreira.

O que ele não esperava era a queda do rendimento dentro de campo e a campanha de largada péssima do Tricolor Carioca no Campeonato Brasileiro. Daí, outra demissão — foram 18 vitórias, 15 derrotas e 11 empates em 44 jogos.

Oportunidades, ele teve. Já o resultados, estão em falta desde a sua época no Audax. Caso escolha pelo Fernando Diniz, a direção terá de assumir os riscos de passar outra temporada sem grandes resultados e, por consequência, sob pressão da torcida.

Foto: Reprodução / Twitter do São Paulo

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