Antes de conversarmos sobre o importante assunto relacionado à saúde mental, peço que você assista o vídeo abaixo:
Caso não consiga visualizar clique aqui.
O atacante Jonathan Calleri é um dos mais queridos jogadores do atual elenco do São Paulo, é constantemente ovacionado pelos torcedores nas arquibancadas do Morumbi.
No entanto, como ele mesmo relatou isso não se mostrou suficiente para que ele se sentisse feliz. Alcançar números, superar recordes, marcar o nome na história não eram fatores que o completavam, já que quando chegava em casa, poucas horas depois de fazer a alegria de milhões de pessoas, sentia-se sozinho.
Calleri não é o único. Quantas vezes nos encontramos em momentos de tristeza, dúvida, cobrança, exaustão, ansiedade, solidão e por aí vai, um misto de sentimentos que pode ser até mesmo difícil de expressar e o que realmente queremos é apenas compreensão daqueles que estão a nossa volta.
Entretanto, por que não exercemos empatia quando diz respeito aos jogadores de futebol?
Muitos de nós falam que eles não têm motivos para reclamar, afinal, possuem muito dinheiro, ou que têm tudo o que querem, a vida que muitos sonham, como podem se sentir infelizes?
A situação vai muito além de ter e até mesmo de ser!
Ser o artilheiro do time, o cara decisivo, o que faz a torcida enlouquecer e é amado por tantos, a dor vem de dentro, os problemas são internos, a dor é sentida por cada pessoa de uma maneira e não cabe a ninguém julgar a ferida do outro, apenas compreender, aceitar e, se possível, ajudar, e jamais julgar.
Calleri, assim como é dentro de campo, mostrou-se corajoso ao falar sobre algo tão íntimo e isso é de uma importância inexplicável, pois mostra a muitas pessoas que, sim, somos humanos, temos problemas e dias difíceis e está tudo bem não se sentir feliz sempre.
O que vale mesmo é entender a situação, procurar ajuda e saber que não está sozinho. Está chegando o Setembro Amarelo, mês em que se intensificam as ações de conscientização sobre a importância de se falar sobre saúde mental, que possa ser um alerta pra mim, como pessoa e como torcedora.
Como assim?
Como pessoa, que eu possa buscar o autoconhecimento e a ajuda profissional para tratar a minha ansiedade e ser empática com os que estão ao meu redor quando a dor deles for diferente da minha e isso causar sofrimento, incentivando-os a também procurar ajuda.
E, como torcedora, saber que jogadores de futebol são pessoas que trabalham, têm problemas, passam por indecisões, dias de solidão e também precisam de auxílio e compreensão.
Que Calleri nos faça refletir, assim como nos faz comemorar diversos gols, e que o nosso camisa 9 saiba que milhões de pessoas estão torcendo para que ele seja feliz, completo e que cuide da saúde mental, colocando-se como prioridade.
RECADO IMPORTANTE
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
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