Carta Tricolor – Nada de novo sob o mar de Santos

Foto: Rummens

A Carta Tricolor é escrita pelo Ednaldo de Sá e sua publicação ocorre sempre às terças-feira. Clique aqui e conheça o índice da coluna.

Clássico. Não era muito difícil imaginar que o São Paulo perderia mais uma vez. Impressionantemente, o desempenho do tricolor contra seus principais rivais do estado é horroroso, aproximando-se da indecência. Em relação a essa evidência, não há que se falar em início de temporada para tentar amenizar o dano à história do clube causado nesses últimos tempos.

O terceiro jogo do ano aconteceu, e o colunista aqui continua a buscar uma nova atmosfera prometida no fim do ano passado que até agora não deu às caras. Com o mesmo estilo de jogo fracassado do fim de 2018, o São Paulo de Jardine aposta nesta estratégia (baseada no conservadorismo) para garantir certo respaldo perante à imprensa e principalmente à torcida, evitando com que acontecimentos, como o do último domingo, o atinja bem menos. 

No entanto, embora se saiba da recorrente justificativa de “início de temporada” para as derrotas de Janeiro, é evidente que o estilo Jardine está bem distante mesmo do que ele imagina ou pelo menos imaginava até dezembro. Com um time monótono, duro e sem a leveza prometida, já deu para perceber que a torcida deve ver seus principais desafios de Janeiro e Fevereiro sob um modelo de jogo tão conservador quanto o de Aguirre. 

Mais alguns aspectos que reforçam a ideia de que será o SPFC versão 2018 a escalar suas montanhas mais íngremes: o nervosismo dos jogadores com um terceiro jogo oficial do ano, Jucilei na volância, expectativa em jogadas aleatórias do Nenê… Já falei: aqui não se trata de colocar mais uma dose de pessimismo, porém a realidade tricolor dos últimos anos imergiu neste contexto de constante desconfiança.

É claro que toda esta áurea negativa em torno do São Paulo é potencializada pela fila de títulos. É claro também que repetir posturas de times fracassados do passado recente não será o ideal para alavancar o desempenho que se espera de um clube que foi ao mercado, gastou muito e trouxe possibilidades ao treinador atual. Bora saber conviver com a pressão e parar com a síndrome da perseguição da imprensa, galera?

Ednaldo Benicio. Tenho 24 anos, sou graduado em Eng. Química e moro em Fortaleza. Desde os meus 7 anos, cultivando a paixão tricolor longe dos arredores do Morumbi.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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Foto: Rummens

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