O São Paulo se tornou o time do ‘quase’ | OPINIÃO

Foto: Staff Images / Conmebol

Mais uma vez, o São Paulo quase venceu o Palmeiras nesta segunda-feira (20) no Estádio do Morumbi pelo Brasileirão, o resultado favorável ao Tricolor permaneceu até os 90 minutos, quando levou a virada nos acréscimos e foi derrotado em casa por 2×1 na presença de mais de 30 mil torcedores que de maneira justíssima vaiaram o time do quase.

E é isso que se tornou, o time do quase porque mesmo quando ganha não nos deixa convencidos, visto que no final das contas vai ficar no quase mesmo, mas isso é perigoso.

Nas temporadas 2018 e 2020, o São Paulo quase foi Campeão Brasileiro, porém com o desencadear de um compilado de situações que ainda nos é obscuro acabou perdendo as oportunidades ficando, é claro, no quase.

Por outro lado, nas temporadas 2017 e 2021 quase que foi rebaixado na competição nacional, passou muito perto em ambas as ocasiões, nesta última foi se livrar verdadeiramente da possibilidade do descenso somente na penúltima rodada da competição. Lamentável.

No Paulistão de 2021, finalmente o jejum de títulos foi quebrado com a conquista estadual em cima de um dos maiores rivais, o Palmeiras, e foi justamente contra ele que ficou no quase na classificação para a semifinal da Libertadores, pois conseguiu empatar no Morumbi e levar 3×0 no Allianz Parque, na casa dos adversários não passou nem perto do quase.

Da mesma maneira na final do Campeonato Paulista de 2022, o São Paulo conseguiu uma vitória gigante no Morumbi por 3×1 no primeiro jogo, todavia, a maioria dos torcedores estava receosa, pois sabia que o time do quase poderia entrar em campo no segundo confronto e desperdiçar o resultado conquistado em casa, e foi justamente o que aconteceu e, mais uma vez, ficamos no quase.

Muitos culpam o técnico Rogério Ceni, que tem sua parcela de responsabilidade, mas também era culpa do Crespo, do Diniz, do Aguirre, do Jardine, do Dorival Júnior e por aí vai…

A verdade é que o São Paulo de hoje finge que convence e a gente finge que quase acredita, pois no fundo sabemos que quando chega a hora do ‘vamo ver’ não acontece nada. Entendo que o elenco precisa de reforços, só que mais do que isso é extrair essa mentalidade do quase, no momento, vejo o Rogério Ceni como o único capaz disso pela história que tem, contudo, precisa ter respaldo, no mínimo, ter o desejo de um atacante de velocidade atendido.

(E, apenas uma pausa, se manda-lo embora, contrata quem? Alguém que quase vai dar certo?)

Esta não é a única carência do time, o atacante de velocidade, só que é o que o treinador está pedindo desde que chegou há mais de oito meses e não conseguiu, então, fica difícil cobrar se faltam peças para se encaixar no esquema que ele quer implantar. Repito, não é o único problema, mas precisa ser solucionado.

Longe de querer passar pano porque como disse, Rogério também tem sua parcela de culpa e eu particularmente não concordo em um ponto que ele disse na coletiva após a derrota no Choque-Rei, levantando a análise de qual time do São Paulo seria analisado, o que vencia por 1×0 até os 90 minutos do segundo tempo ou o que deixou levar a virada nos acréscimos? O time é o mesmo, o time do quase. O que importa é o resultado final do jogo, o término do campeonato, a taça na mão, o título conquistado, e nisso temos ficado apenas e tão somente no QUASE.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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