Em 2024, o caminho foi sinuoso. Começamos muito mal, ressurgimos, crescemos, sonhamos e terminamos o ano de forma melancólica. O céu e a terra, o vislumbre e as quedas.
Tivemos promessas, como William Gomes. Surpresas, como Sabino. Frustrações, como Nestor. Exemplos, como Alisson. Aleatoriedades, como Jamal Lewis. Transitamos entre diferentes sensações, sempre com a torcida dando a letra e a nota.
Lucas foi Lucas. Calleri não foi Calleri. Luciano foi e não foi Luciano.
Zubeldia poderia ter feito mais, mas também fez coisas boas. Flertamos com o tetra, mas batemos na trave. Literalmente.
A América virou consolo e expectativa pro ano que vem, que ainda nem começou mas deixa a gente de sobreaviso. Que grego é esse? Quais são os termos do acordo? O que vai ficar na mão dele? E na nossa? Cotia é nosso maior patrimônio, não pode ser tratado nem por um segundo com displicência.
Depois de uma temporada que misturou esperança e decepção, 2025 está vestido de mistério. Dentro e fora de campo. Pelo quê esse time luta? Quais são as chances em cada campeonato? Os reforços virão? Quantos e por quanto? São muitas perguntas, poucas respostas. É tudo nebuloso.
O futebol não admite descanso e os adversários estão cada vez mais poderosos. O São Paulo precisa fincar o pé e se reencontrar. Mostrar que, mesmo na merda, é capaz de derrubar um por um. Um time que deixa tudo em campo, com dignidade e luta. Nas últimas semanas, isso foi pro espaço. E essa acomodação não pode pular as sete ondas.
Seguiremos segurando o time nos ombros invisíveis do Morumbi. Mas façam por onde: jogadores, técnico, dirigentes. Vocês são coadjuvantes, os são-paulinos são protagonistas. Joguem por nós, gritar por vocês a gente já faz há tempos. Haverá cobrança, mas haverá também esperança. São 20 anos de quando conquistamos o estado, a América e o mundo. E aquele time sabia exatamente qual camisa estava vestindo. Não se esqueçam disso, esse clube é matematicamente maior que os outros. O maior de todos.
É hora de mostrar se o tamanho de vocês é compatível com o nosso.
Lucca Bopp é escritor e host do podcast Boppismo, que recebe grandes personalidades do esporte e do entretenimento. São-paulino fanático, Lucca defende as cores do Tricolor no podcast “Os 4 Grandes” e é responsável por redigir textos publicitários para campanhas de grandes marcas.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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