Alex comenta diferença entre período como jogador e treinador e faz avaliação do futebol brasileiro

Reprodução/SporTV

Neste sábado (26), o treinador do Sub-20 Alex, foi o convidado do programa Grande Círculo, do Sportv. O treinador comentou sobre diversos assuntos e falou sobre o trabalho que vem realizando no São Paulo. Apesar de estar desfrutando do trabalho, o comandante comparou as atividades dentro de campo e fora dele.

“Jogar bola é divertido; ser treinador não tem tanta diversão. Essa é uma realidade. Eu me diverti muito no início, no Coritiba, me diverti muito no Palmeiras, depois me diverti muito na Turquia também. Luis Aragonés e Zico falavam muito em se divertir com a bola, desfrutar do jogo (…) Como jogador você cuida de si mesmo, toca sua vida. Quando digo que não é divertido (ser treinador), é porque não é. Tem algumas situações que vejo dentro de campo e penso que eu não faria daquele jeito, mas não é mais minha função (jogar)“, destacou.

O ex-jogador poderia ser definido como um legítimo 10. Com passagem de sucesso pelo futebol da Turquia e entre os melhores da posição no futebol brasileiro (com passagens por Cruzeiro, Palmeiras e Coritiba), Alex relembrou a posição e destacou que o futebol brasileiro segue criando jogadores nesta posição.

Tem vários 10 espalhados por aí. No sub-20 do São Paulo tem um 10 chamado Pedro. Infelizmente, ele teve uma lesão no joelho e está se recuperando. Tem outro menino chamado Luiz Henrique, que é um 10. O Lazaro, que joga com Paulo Souza na equipe principal do Flamengo, é um 10. O Atlético-MG tinha um menino chamado Rubens, era um 10. A questão é a seguinte: como você vai usar o 10? Vou dar dois exemplos: Raphael Veiga é um 10? Everton Ribeiro é um 10? Aí tem de perguntar para os treinadores. Qualidade ambos têm, a função eles sabem fazer e as características necessárias também possuem. Aí, é do técnico usá-los como 10 ou não“, avaliou.

Alex também comentou sobre os processos de formação de um jogador. O treinador, que já levou alguns jogadores para o profissional (como Marquinhos, Juan, Caio e Pablo Maia), destacou que os jogadores seguem sendo encontrados no Brasil, porém, que as ações extra-campo podem atrapalhar os atletas.

Forma (jogadores). Estreei no Coritiba sem contrato. Hoje, um menino de 14 anos assina um contrato de formação e, com 16, já tem contrato (profissional). Se um menino de 16, 17 anos faz um gol na Copa São Paulo já fica famoso. Se um menino que vem do Nordeste faz um gol e elimina o Corinthians, é contratado. Ninguém conhecia o menino até aquele dia, mas é contratado. O futebol mudou muito nesse sentido. A formação de bons atletas continua, o que mudou é a questão da transição. Será que o menino dos juniores transita bem para o time de cima? Esta semana teve a discussão sobre Luiz Henrique, do Fluminense (vendido ao Betis, da Espanha, por R$ 70 milhões). Vale a pena? É pouco dinheiro para o Fluminense? É uma discussão que, nos anos 1990, não existia“, finalizou.

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