Com poucos ajustes, Jardine triplica média de gols do São Paulo

São apenas dois jogos, mas já é possível notar a influência de André Jardine no time do São Paulo.

Com Dorival, a equipe não havia marcado mais de dois gols em nenhuma partida. Os 14 gols em 13 jogos davam ao time uma média de 1,07 gols por jogo. Já sob a batuta do treinador vindo de Cotia, o time já marcou 6 gols em 180 minutos, ao balançar a rede dos adversário três vezes pelas duas primeiras vezes em 2018. Com o técnico anterior, e também contra adversários fracos, o São Paulo demorou 6 partidas para alcançar os mesmos 6 gols que o time de Jardine alcançou em apenas dois jogos.

As diferenças na disposição tática são sutis, mas extremamente eficazes e remetem à equipe vice campeã da Copa SP e da Libertadores Sub-20 neste ano. Junior Tavares entrou na equipe e, com mais qualidade técnica que Edimar e Reinaldo, possui liberdade para participar do jogo ofensivo, semelhante à Liziero quando atuou de lateral na equipe de base. Isso gera mais opções e jogadas pelo lado do campo.

Tavares Heatmap vs RB Brasil Footstats 1 | Arquibancada Tricolor
Fonte: Footstats

Além disso, quem atua na criação de jogadas (Cueva contra o CRB, e Nene contra o Red Bull) é mais participativo, rodando todo o campo, muitas vezes inclusive trocando de posição com os pontas. Essa intensa movimentação, com várias trocas de posições, é característica marcante do Sub-20 Tricolor, que fez sucesso nesses dois jogos no profissional.

Cueva e Nene Heatmap | Arquibancada Tricolor
Fonte: Footstats

 

Jardine deve seguir agora como auxiliar de Diego Aguirre, mas as duas apresentações sob seu comando devem ter deixado o torcedor com gostinho de quero mais, o que não deve demorar a ocorrer no futuro.

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