Dênis relembra época do São Paulo, afirma que não lia jornais e fala sobre pressão: “Sentia que era o único goleiro que não podia tomar gol no Brasil”

Reprodução / Twitter do São Paulo

A sucessão de Rogério Ceni na meta são-paulina não foi fácil. Diversos goleiros almejaram se estabilizar no gol tricolor, mas não obtiveram sucesso. Um dos que por mais tempo ficou, Tiago Volpi, está sendo atualmente bastante contestado pela torcida. O goleiro Dênis, que se apresentou tão logo Ceni deixou o futebol, foi dos que mais sofreram com a pesada herança do ídolo do São Paulo.

Dênis concedeu uma entrevista ao Globo Esporte, que foi reproduzida diário esportivo português “A Bola”. Aos 35 anos e com muita bagagem, o goleiro relembrou os momentos delicados que viveu no São Paulo e revelou que não lia jornais, além de ter procurado por ajuda de psicólogos.

Eu estava ficando já muito estressado. Eu já não assistia programa esportivo, eu não mexia em rede social, eu não lia jornalEu comecei a pirar. Então, pô, eu já chegava em casa e dizia: “O que eu posso fazer?”. Comecei a procurar ajuda de todos os lados. Pô, se isso conseguir me ajudar… A maioria das pessoas nem sabe das dificuldades que a gente passa, né? Então eu comecei a procurar ajuda. Não só dentro do clube, como também fora. Por um tempo me ajudou bastante. Depois, algumas coisas também já não faziam mais sentido pra mim. Então assim, foi uma época muito difícil. Muito mesmo. Até eu me estabilizar e me encontrar de novo, foi um período muito delicado da minha carreira“, disse o arqueiro.

Especificamente sobre a sucessão de Ceni, o goleiro indicou que as comparações eram pesadas e que sentia certa injustiça por não poder atuar dentro da normalidade que se espera.

Eu sentia, na época, que era o único goleiro que não podia tomar gol no Brasil. Porque todo gol que eu tomava: “Ah não, falha. Se fosse o Rogério pegava”. Aí tomava outro gol: “Se fosse o Rogério pegava”. Eu escutei muito isso. Então eu já entrava com aquela pressão no jogo: “Puts, eu não posso tomar gol”. E quando um goleiro entra assim, “Eu não posso tomar gol”, a cabeça já vai a milhão“, complementou Dênis.

Confira a entrevista completa ao Globo Esporte clicando aqui. Ou clique aqui para ver a versão do jornal português.

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