“Isso é uma vitória”, diz Igor Gomes sobre garotos de Cotia no time principal

Foto: Reprodução / São Paulo FC

Desde criança atuando como jogador do São Paulo, Igor Gomes conhece bem Cotia e o que passa na cabeça dos garotos que sonham em se tornar profissionais pelo Tricolor.

Campeão paulista nessa temporada, Igor atuou em 12 dos 16 jogos do campeonato estadual e foi um dos muitos meninos criados nas categorias de base são-paulinas que foram aproveitados pelo treinador Hernán Crespo.

Hoje, o elenco a disposição de Crespo tem mais de 20 atletas formados no clube participando dos treinamentos, sendo que 4 foram titulares na final do Paulistão e outros 6 estavam no banco de reservas.

Em entrevista ao programa “Bola Rolando“, do Bandsports, o meia comentou sobre a pressão que os garotos de Cotia viviam antes de serem promovidos e como aos poucos, eles conquistaram seu espaço na equipe principal:

Vou falar como jogador da base e de como eu fiquei esperando minha oportunidade para jogar como atleta profissional do São Paulo. Eu vi grandes jogadores, que eram um pouco mais velhos do que eu, entrarem no campo e ver o quanto é difícil você representar um clube que tem uma tradição, uma história, uma torcida acostumada com títulos. Você garoto com 18, 19, 20 anos tem que desempenhar um futebol muito grande. Tem que estar preparado” disse.

Igor estreou como profissional aos 19 anos, em 2018. Um ano depois, ele foi o grande nome do time que surpreendeu e chegou a final do Campeonato Paulista de 2019. O camisa 26 contou que o segredo para se firmar no time era saber lidar com a pressão em cima de um clube que estava há tempos sem levantar um troféu e que a pressa para isso prejudicou a carreira de alguns companheiros:

Quando eu iniciei minha transição para o profissional, com 17 anos, eu vi os jogadores tendo as primeiras oportunidades. Só se saia bem quem conseguia lidar com facilidade com o peso que é jogar com a camisa do São Paulo, a pressão de não ter títulos. Na minha visão, muitos jogadores talentosos não fora tão bem aproveitados porque as vezes não jogavam bem e recebiam pressão da torcida, o técnico não ajudava dentro de campo, porque ele precisava entregar um resultado e manter o cargo dele. Você entra em um clube que é muito grande e tem uma pressão grande por si só, pegando essa atmosfera que já vem com esse tanto de tempo sem ganhar, não que seja só culpa do São Paulo, talvez se os atletas fossem mais maduros teriam um desempenho melhor“, analisou.

Atualmente, o meia já soma mais de 100 partidas pelo time principal e comentou que o seu diferencial foi se preparar ao máximo. Ele entende que sua história e a de outros atletas da base que ganharam espaço nos últimos anos, foi fundamental para que outros jovens pudessem aparecer e serem vistos com bons olhos independentemente dos dirigentes e de quem estaria treinando a equipe:

Como eu sempre fui uma pessoa observadora, sempre procurei me preparar. Foram dois anos treinando e me preparando para o momento e quando tive minha oportunidade, sabia que minha margem de erro teria que ser mínima para eu virar titular. Graças a Deus eu atingi meu objetivo e em seguida vieram outros jogadores e isso facilitou porque isso deu tranquilidade aos dirigentes e treinadores para quando eles precisassem do pessoal de Cotia, quem estava ali, tinha condição de jogar. Hoje o elenco tem quase a metade de jogadores da base, isso é uma vitória“, finalizou.

Igor alterna entre titular e reserva, mas está entre os jogadores mais utilizados por Crespo.

Acompanhe a entrevista completa aqui:

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