A coluna Na segunda jamais é publicada sempre às segundas-feira, mas jamais na segunda divisão.
Sábado fomos surpreendidos com a notícia que o centroavante uruguaio Gonzalo Carneiro havia simplesmente não se apresentado para a partida contra o Mirassol. Após a partida, André Jardine garantiu que conta com o jogador para a temporada, e deixou o problema nas mãos da diretoria.
Carneiro se sente “escanteado” no São Paulo. Não jogou a Flórida Cup e a gota d’água teria sido a não participação em um coletivo na sexta-feira anterior a estreia no Campeonato Paulista. Tendo tudo isso acontecido, o possante conclamado artilheiro uruguaio, da escola de Forlan, Lugano, Dario Pereyra e outros grandes uruguaios que por aqui passaram, se sentiu no direito de NÃO SE APRESENTAR para o jogo.
Sinceramente, o que se passa na cabeça de um jogador assim? Carneiro estava machucado em um time de terceiro escalão do Uruguai, o Defensor. O São Paulo viu potencial, trouxe o atacante, e tratou as seguidas lesões. No fim do ano passado, ele chegou a ser titular com Aguirre, e até empolgou de certo modo, mas QUEM É CARNEIRO?
Como um jogador tão insignificante na história de um clube tão grande como o São Paulo, vê todo o esforço que foi executado, todo cuidado que o Tricolor teve com ele, e no primeiro jogo oficial da temporada, se sente no direito de não se reapresentar?
Virou moda no futebol, e principalmente entre brasileiros. Quer sair de um clube? Comece a faltar com quem paga seu salário, muito influenciado por empresários. No São Paulo, nós tivemos o icônico caso de Oscar, que forçou uma saída para o Internacional e até hoje se diz são-paulino… Arrascaeta no Cruzeiro, Ganso agora no Sevilla.
Cueva foi outro estrangeiro que não entendeu o que o SPFC significa. Preferiu ir para o KRASNODAR (quem?). Hoje está voltando para jogar no Independiente…
A geração de jogadores hoje é escrava de seus empresários. Eles começam a presentear jogadores desde as categorias de base. Ou vocês acham que o Militão vivia com os 20 mil que recebia do São Paulo? A tendência é a situação piorar cada vez mais. A Lei Pelé deixou os clubes de mão atadas.
Carneiro, respeite o São Paulo, você não representa absolutamente NADA na história do clube. Deveria agradecer de joelhos para o resto da vida a oportunidade de usar essa camisa.
Eduardo Achar
Eduardo Achar é estudante de medicina pela FCMSCSP, Tricolor de berço e acredita fielmente que TIME GRANDE NÃO CAI!
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Foto: Rummens