O time do São Paulo comandado por Telê Santana vinha das conquistas seguidas das Libertadores e dos Mundiais de 1992 e 1993 e lá estava novamente em 1994 na final da competição continental para enfrentar o Vélez Sarsfield, time argentino que tinha como presidente o Raúl Gámez.
Um episódio desse dia envolvendo o dirigente foi à tona após entrevista do capitão do time argentino na época, Roberto Trotta, à TyC Sports.
Só para contextualizar…
O primeiro jogo na argentina tinha sido 1×0 para o Vélez, mas essa vantagem foi tirada logo no primeiro tempo no Morumbi quando o São Paulo fez 1×0 com gol de Müller. Esse resultado persistiu até o final, levando a decisão para os pênaltis, e foi quando o time argentino saiu campeão após converter cinco penalidades e o Tricolor apenas três.
No entanto, aconteceu algo no intervalo desse jogo que colaborou com a conquista do Vélez e, o que era dúvida, foi confirmada por Trotta que contou:
“No intervalo, o Raúl Gámez foi ao vestiário do árbitro, chutou e arrebentou a porta, dizendo ‘nunca vi um uruguaio tão cagão como você’. No segundo tempo, houve um pênalti claríssimo de Cardozo, com a mão, e o árbitro mandou seguir”.
Então, como disse o próprio ex-jogador do Vélez, aos 3 minutos da segunda etapa da partida, aconteceu uma penalidade clara favorável ao São Paulo que foi ignorada pelo árbitro Ernesto Filippi.
Trotta ainda disse:
“Não tenho uma boa relação com Gámez, mas para mim isso foi o único de bom que ele fez pelo Vélez: pressionar o uruguaio. Hoje, ele iria preso. Muitas das coisas que se faziam antes não se pode fazer hoje”, seguiu Trotta, que lembrou também do oba-oba que marcou aquela decisão: “O estádio tinha quase 100 mil pessoas e eles eram os bicampeões. As bandeiras já diziam tricampeão…”.
O São Paulo só conseguiu conquistar novamente o título da Libertadores 11 anos depois, em 2005, sagrando-se, finalmente, Tricampeão da América e posteriormente do Mundo. Já o Vélez ficou apenas com o título de 1994.
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Fonte: UOL
Foto: Divulgação/Conmebol
