Teremos paciência com Zubeldía ou vamos queimá-lo como fizemos com os últimos?

Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Habemus técnico! Teremos paciência com Zubeldía? Essa é a coluna do Mário aqui no AT!

E mais uma vez o São Paulo reinicia o seu trabalho em meio a uma temporada, desta vez com a chegada do argentino Luis Zubeldía, ainda não oficializado pelo clube, mas já acordado para a vaga de Thiago Carpini, demitido ontem, quinta-feira. Sem delongas, eu repito o título desta coluna: teremos paciência com Zubeldía ou vamos queimá-lo como fizemos com os últimos?

E quando eu faço a pergunta utilizando o termo “vamos queimá-lo” no título, é para incluir todo mundo neste balaio: torcida, sócios do clube, conselheiros, diretoria de futebol, líderes das organizadas e jornalistas, sendo eles são-paulinos, ou não.

Olhando para os últimos sete anos, consigo listar os seguintes trabalhos que foram queimados por todos nós: Rogério Ceni em 2017, Dorival Júnior em 2018, André Jardine em 2019, Hernan Crespo em 2021, Rogério Ceni em 2023 e agora Thiago Carpini em 2024. Tivemos 6 treinadores sendo fritados nas últimas 8 temporada, é quase uma fritura por ano! Isso não pode ser normalizado!

Eu admito que ajudei na fritura de alguns destes nomes, como por exemplo em 2018 com Dorival Júnior. Outras deram certo dentro de campo, como a última queda de Rogério Ceni, no ano passado, para que Dorival Júnior pudesse assumir e conquistar o inédito título da Copa do Brasil.

O grande ponto de interrogação desta coluna é: daremos tempo para Luis Zubeldía? O jovem treinador, de apenas 43 anos de idade, tem uma carreira de quase 16 anos como técnico de futebol, mas seus únicos títulos vieram apenas em 2023 com a LDU. Olhando para seu histórico, só treinou equipes medianas no futebol latino-americano, fora um trabalho relâmpago na Espanha. E o ponto máximo da sua carreira até ontem, era ter treinado a LDU.

Acredito que Zubeldía deve conhecer no máximo 30% do nosso elenco, ele deve conhecer pra valer apenas os jogadores Rafinha, Arboleda, Ferraresi, Alan Franco, Luiz Gustavo, James Rodríguez, Calleri e Lucas Moura. Ele precisará de tempo para saber como utilizar William Gomes, Erick e Ferreirinha, por exemplo, ou se Negrucci e Iba Ly devem realmente fazer parte do elenco profissional.

Outro ponto importante: Zubeldía nunca treinou uma equipe brasileira, além de nunca ter morado no Brasil, nessa vão mais algumas semanas de adaptação, tempo que ele não terá, pois a agenda do São Paulo para as próximas semanas é péssima, com 5 jogos fora de casa, nos próximos seis duelos.

Toda aquela galera que eu citei no segundo parágrafo, irá ter paciência caso os resultados não aconteçam da noite para o dia, com um passe de mágica? A nossa “competentíssima” diretoria de futebol, nas figuras de Carlos Belmonte, Rui Costa e Muricy Ramalho, além de nosso influencer presidente, Julio Casares, irão apoiar o treinador para valer, ou farão a mesma patacoada feita com Hernan Crespo em 2021?

Aproveitando para falar na diretoria de futebol, esta deve ser a melhor já montada por qualquer clube brasileiro, pois são mais de 3 anos sem uma única demissão nas “cabeças“. Sempre o errado é o treinador, nossos dirigentes são fantásticos, inclusive foram responsáveis por grandes contratações na história do São Paulo FC, como Orejuela, Nikão e agora James Rodríguez, o famoso “Jamigué Rodríguez“.

Para finalizar, Luis Zubeldía não era o meu nome dos sonhos e sequer estou esperando muita coisa deste novo ciclo, só espero, de coração, não precisar escrever uma nova coluna sobre um novo treinador, nos meses de setembro e outubro deste ano…

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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