A empreitada do São Paulo no eSports começou de forma positiva, principalmente na temporada atual. No início de julho, a equipe terminou o E-Paulistão 2021 como vice-campeã e mostrou que pode lutar por títulos no futuro. A derrota para a Ponte Preta na final não apagou a campanha da equipe do mundo dos games. O objetivo do tricolor é conseguir destaque em um setor que tem crescido de forma constante em todo o Brasil.
Organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e pela agência 7WPlay, como mostra o portal Globoesporte, o E-Paulistão 2021 utilizou o jogo eFootball PES 2021 como plataforma para a disputa. Foram 16 equipes no campeonato digital, e o São Paulo conseguiu chegar na final ao lado da Ponte Preta. Apesar do bom desempenho de Guilherme “GuiFera”, campeão mundial em 2017, o representante tricolor acabou derrotado por 4 a 3, com um gol sofrido no último lance.
Entretanto, apesar da derrota frustrante e que veio nos detalhes, a presença na final pode ser vista como positiva. O São Paulo começou recentemente a investir no eSports, e os resultados já começaram a aparecer. Por exemplo, o Coriinthians tem mais tempo na categoria, e mesmo assim não chegou na decisão. Ou seja, o resultado na final do E-Paulistão 2021 pode servir de motivação para o Tricolor buscar ainda mais investimento e títulos nos games.
A ideia de conseguir maior presença no eSports é algo importante, e pode trazer bons resultados no futuro. Segundo levantamento feito pela Statista, e divulgado no blog da Betway, site de bets em eSports, os jogos eletrônicos contam com mais de 450 milhões de espectadores em todo o mundo. A projeção para o final de 2022 é que esse número ultrapasse a barreira dos 640 milhões. Isso significa mais dinheiro e mais investimentos. O Brasil é um dos países com maior potencial, pois é o terceiro em audiência, perdendo apenas para China e Estados Unidos.
Taças e lucros do mundo digital
Um título nos eSports pode não ser nada tão importante atualmente, mas isso deve mudar no futuro. Os investimentos nos torneios profissionais estão aumentando consideravelmente, e a importância deles também. Isso explica o interesse das equipes brasileiras de futebol no mundo dos games, algo que o São Paulo começou a fazer de forma efetiva desde o ano passado. Um bom rendimento nos eSports pode, por exemplo, chamar a atenção de novos patrocinadores.
Além dos clubes, alguns jogadores também estão gostando da ideia de investir neste mercado. É o caso do lateral-esquerdo Daniel Alves, que começou a estudar a possibilidade de entrar nos eSports ainda em Barcelona, mas só criou a equipe Good Crazy quando já estava no São Paulo. Como mostra a reportagem da Betway, a organização do atleta surgiu em parceria com a empresa S2V Esports e procura lançar equipes em várias modalidades diferentes nos jogos eletrônicos.
O lateral tricolor não é o único que teve essa iniciativa até hoje. Outros jogadores brasileiros, como Neymar, Casemiro e Ronaldinho Gaúcho, também criaram organizações próprias de eSports. A paixão de todos esses jogadores pelos games, além da possibilidade de lucrar financeiramente, está fazendo com que o futebol consiga muito espaço no entretenimento digital.
Equipes de fora do Brasil também investem
Alguns clubes europeus também estão seguindo o mesmo caminho, principalmente os que possuem mais estrutura. O Manchester United, o Real Madrid, o Barcelona e o Paris Saint-Germain são algumas das equipes que estão disputando torneios de eSports pelo mundo.
É uma tendência que está ficando cada vez mais importante, e que vai premiar quem decidiu investir desde o começo. O Tricolor pode ter ficado com o vice no E-Paulistão 2021, porém foi um torneio que mostrou o potencial da equipe no eSports. Os torcedores podem ficar esperançosos para o futuro do São Paulo nas disputas digitais.
