Veja a entrevista de Rogério Ceni pós-jogo contra o Ceará

Foto: Rummens

Rogério Ceni voltou ao São Paulo na noite desta quinta-feira. O treinador, que assumiu o clube na noite desta quarta-feira (13), “assinou” a escalação e colocou três peças novas no time em comparação a última escalação de Hernán Crespo.

O time melhorou e produziu mais, porém, pecou nas finalizações e saiu com um ponto do Morumbi – o resultado poderia ter sido pior se não fosse a grande atuação do goleiro Tiago Volpi.

Depois do jogo, o treinador foi a sala de coletiva e deu suas justificativas para o ponto conquistado dentro de casa e projetou o futuro da equipe no Brasileirão.

Confira abaixo os temas abordados por Rogério na entrevista

Sobre a ofensividade do time

O São Paulo é um time que tenta ser propositivo. Nos tentamos dentro das características que o time tem e que o Crespo já trabalhava. Usamos um posicionamento um pouco diferente e tentamos ser dominantes. E acho que fomos, pois o que nos propusemos a fazer, conseguimos. Tivemos a bola, finalizamos bastante, mas uma pena que não conseguimos a vitória. Isso está dentro da qualidade de cada atleta.

Sobre o sistema tático do time

Eu pretendo implantar um jeito de jogar da maneira qual eu possa ter substitutos para fazer troca. Nos vamos tentar sempre fazer o time sempre com a melhor possibilidade e analisando as características do adversário.

Sobre a confiança na diretoria

No futebol cada um tem a sua história. Acho que as pessoas contratam pela capacidade. Se você conseguir desenvolver resultados, de acordo com o que o clube vislumbra como bons resultados, você segue. Se vai ser Campeão Brasileiro, é impossível ser Campeão Brasileiro neste momento, mas para tentar remontar o São Paulo para o ano que vem e sustentar bem esse ano e tentar chegar o mais alto possível, eu acho que é possível. Os próximos sete jogos são contra os sete primeiros colocados e vemos com dois olhos: o lado difícil é que são bons times e o lado bom é que podemos tentar encostar na tabela. Eu tenho que demonstrar capacidade e trabalho e a direção tem analisar dentro do elenco as possibilidades reais dentro deste campeonato.

Sobre a relação com a torcida

Acho que a minha relação com o São Paulo é eterna. Se eu por 25 anos deixei minha vida aqui dentro, e ainda assim existem pessoas descontentes, eu lamento. Se o torcedor gritou ou não eu vou estar sempre respeitando porque foi ele que me sustentou e me colocou aqui neste tempo todo. Pra mim é um prazer estar aqui, onde praticamente é minha casa e onde eu morei, embaixo dessas arquibancadas. O São Paulo é minha casa e eu tenho o maior carinho, seja por torcida “normal”, seja pela organizada. A declaração que foi dada no Flamengo, que é uma grande instituição e um ótimo lugar para se trabalhar e que me proporcionou alguns títulos, é que no Rio de Janeiro a divisão das torcidas é diferente. Em São Paulo, as torcidas são muito divididas entre os três grandes, já no Rio de Janeiro existem mais de 700 favelas e é praticamente uma extensão social você usar a camisa do Flamengo, porque você faz parte daquela comunidade, você faz parte daquele grupo. O respeito que eu tenho pelos outros clubes não diminuiu o quanto eu gosto ou o quanto eu me identifico com o São Paulo.

Sobre as experiências no São Paulo

São duas situações diferentes. Em 2017 nos tivemos a venda de vários jogadores no meio da temporada, o que não tinha mais condições de conseguir resultados com os que sobraram, porque o time perdeu toda a velocidade e toda a parte ofensiva e uma semana depois que eu sai, chegaram jogadores, como Hernanes, Petros, Arboleda e Marcos Guilherme. Já hoje, nos temos um grupo diferente, garotos bons de Cotia com jogadores experientes que fizeram uma boa partida. Vamos tentar fazer o melhor trabalho possível. Eu não fico pensando em rebaixamento, eu penso em ganhar o próximo jogo que é um clássico. O Corinthians vem mais ajeitado, com reforços e causando problemas aos adversários. Vamos achar uma forma para enfrentar o rival e fazer pontos. O momento é de trabalhar e pensar no próximo jogo.

Sobre as escolhas de Orejuela e Benitez

Isso não tem nada a ver (sobre as polêmicas declarações dos empresários dos jogadores). Eu não escalo o time baseado em notícia, informações ou opiniões externas. O Orejuela é um jogador que trabalhou comigo no Cruzeiro e eu conheço ele muito bem. O Benitez é um jogador diferenciado, que sofre um pouco na parte física, mas hoje se esforçou muito e se entregou no tempo que esteve em campo. Eu não tenho redes sociais e não entendo bem disso. Meu trabalho é baseado no dia-a-dia e no que o atleta produz. O Crespo com certeza teve suas razões. Ele é um cara fantástico. Quando eu vim ontem aqui eu falei que ficaria com o Crespo até o fim da temporada e depois faria uma análise. Ele é um cara de um caráter fora de série, conquistou um título, não o conheço pessoalmente mas pelo que pude ver nas entrevistas, ele é uma pessoa ótima, melhor do que eu para dar entrevista, trata todos bem, com educação. É uma pena que o futebol é assim. Eu não queria voltar a trabalhar esse ano, e eu abri uma exceção única por ser o São Paulo, que eu considero muito.

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