Estrangeiros repercutem domínio brasileiro no continente; São Paulo fica cada vez mais distante das glórias

Foto: Reprodução/Youtube

O ano de 2021 marcou a consolidação do domínio brasileiro nas competições sul-americanas. As duas maiores do continente, a Sul-Americana e a Libertadores, foram disputadas em suas finais apenas por brasileiros. Em consequência, a Recopa também será entre dois clubes nacionais. Essa situação vem incomodando bastante os times dos outros países que disputam os torneios, que buscam explicações e soluções para minorar a hegemonia.

De 2017 a 2021, apenas a edição de 2018 não teve um brasileiro na final. De 2019 para cá, o Palmeiras venceu duas edições e o Flamengo, uma. Eles, inclusive, protagonizaram a última decisão do torneio, ampliando a rivalidade entre ambos. Apesar de a Copa Sul-Americana ser mais equilibrada entre campeões, o Furacão foi vencedor de duas das últimas quatro disputas, sendo a última contra outro brasileiro, o Red Bull Bragantino.

Na contramão de sua história, o São Paulo, um dos grandes pioneiros da obsessão dos brasileiros pelos títulos internacionais a partir dos anos 90, é cada vez menos competitivo nas disputas que participa. Nos últimos dez anos, o time apenas conquistou um campeonato estadual, na temporada passada, e não chega em uma final de competição internacional desde a Recopa de 2013, quando perdeu para o Corinthians.

O protagonismo do São Paulo vem dando lugar para outros gigantes do futebol nacional ocuparem espaços, como é o caso do rival Palmeiras, do Flamengo e do Atlético Mineiro, que têm como virtude investimentos fortes e organização financeira. É notório que o clube, endividado e sem muitas perspectivas de melhoras, perdeu espaço no cenário internacional até mesmo para o Furacão, que disputou com o Tricolor o último grande título do time – a Libertadores de 2005.

O São Paulo atualmente, acompanha o desenvolvimento dos outros times do Brasil como o fazem os sul-americanos. O modelo de gestão parece obsoleto e a busca por investidores para a melhoria da saúde financeira do clube esbarra na excessiva burocracia existente nas divisões deliberativas da instituição. Sem a força do dinheiro dos rivais, o São Paulo se tornou um clube prioritariamente mediano que, a despeito de tantas glórias no passado, tem na permanência na série A a grande virtude de seus atuais tempos. Só resta saber até quando.

Confira abaixo o vídeo com a opinião de jornalistas da imprensa argentina. Ou clique aqui.

Receba notícias do SPFC no WhatsApp e Telegram.
Siga-nos no Instagram, no YouTube e no Twitter.

Compartilhe esta notícia