Circulam pelas redes sociais alguns boatos ligando Diego Alves, goleiro do Flamengo, com o São Paulo. O episódio surgiu após o goleiro de 33 anos se recusar a viajar com a delegação rubro-negra para a partida contra o Paraná, assim que soube que César seria o titular.
Para a maioria da diretoria do Flamengo, uma punição será o mínimo a ser feito, tendo em vista que já estão buscando informações jurídicas para entrarem em ação.
Alguns perfis no Twitter, inclusive alguns bons, citaram que o staff do jogador já estaria preparando uma provável transferência para o São Paulo em 2019. Deixo claro que não existe absolutamente nada oficial.
No entanto, o intuito desta coluna é expressar a minha opinião sobre esta possibilidade: Se eu tivesse o poder de decisão para isto, eu recusaria Diego Alves para o gol do São Paulo.
Tudo bem, é um goleiro acima da média, bom pegador de pênaltis; diferente de outros, passa confiança, e por aí vai. Porém, não sou e nunca fui favorável a termos jogadores que colocam seus interesses acima dos do clube. Se recusar a acompanhar a delegação do seu time só por estar na reserva de um jovem, na minha opinião, é estrelismo.
Por sinal, já estamos passando por algo parecido com alguns jogadores de linha, mas não vou citar nomes aqui para não dar brecha a um estopim de mal-estar, até porque não acho que é um problema crônico, mas sim passageiro.
Christian Cueva foi o caso mais recente. O peruano vivia colocando seus interesses pessoais acima do clube, sempre causava problemas internos, deixava o time na mão e, após quase dois anos, foi vendido, saindo pela porta dos fundos.
Resumindo: Eu não contrataria Diego Alves sob esta condição de estar se recusando a ser banco de outro goleiro. Isto não deve existir entre jogadores profissionais. A única explicação aceitável para isto, na minha opinião, é se houvesse uma cláusula contratual em que frisava a titularidade obrigatória do jogador e ela não fosse cumprida. Porém, sabemos que isto existe de forma absolutamente rara.
Se for pra contratar um goleiro, na minha opinião, que seja outro.
Por Igor Martinez
*A opinião do colunista não reflete a opinião do site
