Ao longo dos anos, o São Paulo teve em seus elencos diversos ídolos e craques que marcaram a história do único clube brasileiro Tricampeão Mundial.
O que fica longe do conhecimento dos torcedores, é que muitos atletas conhecidos quase jogaram no São Paulo, não concretizando as negociações, por detalhes.
Listamos aqui 10 jogadores que ficaram muito perto de ter a honra de vestir o manto Tricolor, mas por alguma reviravolta, perderam a chance. Veja se você conhece essas histórias!
Ronaldo
Pouco antes de ir para o Cruzeiro e explodir para o futebol, em 1993, o fenômeno Ronaldo teve metade de seu passe oferecido por seus empresários ao São Paulo, por US$15mil.
José Eduardo Mesquita Pimenta, presidente na época, achou que o valor era alto e teria oferecido metade do valor (US$7.5mil) para ter os 50%. A negociação não deu certo e o garoto desconhecido fez sucesso no clube mineiro.
Romário
O baixinho Romário é outro craque que, por muito pouco, não jogou no Tricolor do Morumbi. Em 1988, depois de se destacar nas Olimpíadas de Seul com a medalha de prata, havia um acordo encaminhado para a saída do Vasco, rumo ao Morumbi.
“Quando acabaram as olimpíadas de Seul, eu estava quase me transferindo para o São Paulo, aí o Hiddink (técnico do PSV na época) esteve aqui, com o manager do clube, conversaram com o Vasco e comigo no aeroporto Santos Dumont, e acabei indo para o PSV” declarou o Baixinho.
Edmundo
O “animal” Edmundo quase apareceu no Morumbi em três oportunidades. Em 1996 o jogador chegou a assinar um pré-contrato com o São Paulo e havia sido liberado por Eurico Miranda, que se arrependeu e convenceu o atacante a ficar no clube.
Em 2000, houve uma aproximação entre Edmundo e o presidente Paulo Amaral, que não evoluiu e o atacante acabou indo ao Santos.
No ano seguinte, a oportunidade que quase se concretizou. O jogador tinha tudo acertado com a diretoria Tricolor, após conseguir passe livre, mas se irritou com a postura de Paulo Amaral, conforme comentou:
“Ganhei meu passe na Justiça exatamente no dia em que São Paulo e Flamengo disputavam a final da Copa dos Campeões, no Nordeste. Tinha tudo acertado, mas quando cheguei aqui, liguei para o presidente e ele pediu para esperar, porque tinha a final. Eu falei: ‘Tenho uma proposta do Cruzeiro maior que a do São Paulo, se o senhor não confirmar agora, vou acertar com o Cruzeiro’. Quando chegou à noite, o Flamengo ganhou, aí ele me ligou para dizer que estava tudo certo. Aí eu respondi que tinha acertado com o Cruzeiro“.
Giovanni
Giovanni, craque do Santos, que atuava no Barcelona e tinha sido convocado para a Copa do Mundo de 1998, foi outro atleta que quase veio parar no Tricolor.
Em baixa com o treinador Louis Van Gaal, o jogador quase foi envolvido em uma troca com Denílson, que vinha se destacando no São Paulo e estava quase acertado com o Barça.
“Eu estava em pré-temporada na Alemanha e ele queria um ponta esquerda que jogasse aberto. Ele queria o Denílson, que estava no São Paulo. E ele me chamou no quarto e disse: ‘A gente está vendo se negocia você com o São Paulo porque eu quero o Denílson. Você topa?’ Eu respondi: ‘Topo, já que você não conta comigo eu vou voltar’“, comentou Giovanni.
Como o negócio não rolou (Denílson foi para o Betis, que pagou mais), Giovanni acabou ficando, reconquistando espaço e fez o gol do título nacional. Depois, o clima com o treinador azedou e ele partiu para o Olympiacos, onde se tornou ídolo.
Van Persie
Já contamos aqui no Arquibancada Tricolor, com o Gabriel Sá, a história de como o atacante holandês Van Persie, quase desembarcou no Morumbi, em 2016. Reveja!
Sócrates
Eleito o grande destaque e revelação do Paulistão de 1974, Sócrates já era sondado por vários clubes, mas em 1978, o craque não veio para o São Paulo por um movimento que ficou “engasgado” por anos aos Tricolores.
São Paulo e Botafogo-SP já tinham um acordo de prioridade para a negociação do jogador, que ainda estava se formando em medicina e não havia decidido se continuaria jogando.
Em um momento de hesitação do então presidente Tricolor, Antonio Nunes Leme Galvão, o Corinthians fez uma proposta mais vantajosa e pagando à vista, levando o jogador e dando um chapéu no São Paulo.
A “vingança” veio 9 anos depois, quando Raí, o irmão de Sócrates, estava entrando em acordo com o alvinegro e o São Paulo foi mais rápido no gatilho.
Renato Gaúcho
Em dívida com o Fluminense, no início de 1997, Renato Gaúcho ainda era um jogador que interessava vários clubes e surgiu um flerte com a Federação Paulista de Futebol, que na época, ia bancar o salário de um grande jogador para os 4 grandes do estado.
Parado há quase um ano por uma cirurgia no joelho e com a ação de marketing da FPF, o jogador foi apresentado no Morumbi com uma ampla cobertura da mídia, exibiu a camisa Tricolor (sem a vestir) e reforçou que assinaria se passasse nos exames médicos.
Dias depois, Renato Gaúcho chegou a um acordo com a diretoria do Fluminense, que prometeu pagar as dívidas e permaneceu nas Laranjeiras. O jogador sofreu com lesões nos meses seguintes e se transferiu ao Flamengo, durante o Campeonato Brasileiro.
Dudu
Em 2015, Dudu pertencia ao Dínamo de Kiev e estava em negociações avançadas com o Corinthians, que acabou desistindo, abrindo caminho ao São Paulo que encaminhou um acordo de salários e luvas.
“Após a desistência do Corinthians, parecia que ele iria para o São Paulo. Era uma situação econômica mais desfavorável ao jogador, mas, como o Corinthians não assinou, o São Paulo tinha clara vantagem. Isso foi numa quinta-feira de noite. Mas tudo ia mudar na sexta-feira“, comentou depois Marcelo Robalinho, empresário do jogador.
O Palmeiras, através de Alexandre Mattos e ajuda do próprio empresário, encaminharam o acerto com o Palmeiras. “Na época, houve uma pressão muito forte da diretoria do São Paulo diretamente no jogador. Durante uma época, o São Paulo criou uma filosofia de não respeitar muito os agentes e ir direto no jogador. Alguns clubes enxergam o agente como um custo, mas existem agentes e agentes.“, acrescentou.
Seedorf
Em 2012, após deixar o Milan, o craque holandês Seedorf, surpreendeu a todos anunciando que havia acertado com o Botafogo.
Houve publicações na época sobre sondagens do São Paulo, que chegou a negociar com o meio-campista, mas o jogador, na época, casado com uma brasileira, preferiu o Rio de Janeiro.
Gabigol
Após o sufoco do final de 2017 e se livrar da ameaça do rebaixamento, O São Paulo começou a projetar os reforços para o ano seguinte com Dorival Júnior, treinador na época. O nome principal era Gabigol.
“Quando eu me reuni com o Raí, ele me falou: ‘Dorival, eu tenho dinheiro pra contratar um jogador’. E eu falei: ‘Raí, posso te falar uma coisa? Eu não quero que vocês tragam ninguém que não seja a nível de São Paulo, mas eu preciso de um jogador. Um atacante de lado. Ele me pediu três nomes. Eu dei o do Everton [Cebolinha], do Bruno Henrique e do Gabigol. Estávamos fechados com o Gabigol“, comentou Dorival em entrevista.
O treinador mantinha contato constante com o jogador, que havia até comentado querer jogar como centroavante e quando tudo parecia certo, o Santos acertou o empréstimo com a Inter de Milão (que tinha o passe do atleta).
Você sabia dessas histórias envolvendo esses atletas? Acha que poderiam ter mudado o patamar do São Paulo em relação a títulos? Comente!
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