“A passagem no profissional do São Paulo foi frustrante”, afirma André Jardine

Foto: Rummens

O atual técnico campeão olímpico com a Seleção Brasileira Masculina de Futebol, André Jardine, teve a sua passagem pela base do São Paulo de 2015 a 2019.

Comandando a equipe Sub-20 foi multicampeão, conquistando a Copa Libertadores em 2016, a Copa do Brasil em 2015 e 2016, a Copa RS em 2015 e 2017, o Paulista em 2017 e a Copa Ouro em 2015.

Após a demissão de Diego Aguirre do comando do time principal do São Paulo em novembro de 2018, Jardine assumiu como interino e foi efetivado no cargo no dia 25 do mesmo mês, já visando o ano de 2019.

No entanto, após 19 partidas, com sete vitórias, dois empates e nove derrotas, e aproveitamento de apenas 36,8%, o treinador foi demitido após a eliminação do Tricolor na pré-Libertadores para o Talleres em fevereiro de 2019.

Em participação ao podcast “Sexta Estrela”, do GE, André Jardine classificou como frustrante a sua passagem pelo profissional do São Paulo e criticou a cobrança que é feita em cima do treinador em pouco tempo de trabalho, relacionando com a sua experiência na equipe principal do Tricolor.

“A passagem no profissional foi frustrante porque não se teve tempo. Se cobra de um treinador que em dez jogos revolucione o elenco e um jeito de jogar, que era antagônico até àquilo que eu gostaria naquele momento. É meio ser cruel achar que o treinador é mágico e não treinador. O treinador para incutir uma cultura de futebol no clube ele precisa de tempo, respaldo, jogadores às vezes, uma reformulação no elenco capaz de entregar jogadores com características com aquilo que ele quer e nada disso foi me dado. No São Paulo me foi dado um rabo de foguete, em um final de Brasileirão com a meta de chegar na Libertadores com jogos contra times que brigavam para não cair. Vasco fora, Chapecoense fora, Sport em casa. Jogos sempre com a corda no pescoço”.

Ainda disse: “Depois um início de Paulista, com uma pré-Libertadores jogando quarta e sábado desde a primeira semana minha no profissional. Foi impressionante, não tive a sorte de ter uma semana cheia em nenhum momento. Nem sequer treinar o time eu pude. E foi muito claro que a gente tinha que passar na pré-Libertadores. Aí a gente pega na pré-Libertadores um time argentino que muita gente desmerecia, mas eu fui um dos que quando vi jogar falei que ia dar trabalho. O treinador é muito bom e hoje todo mundo está reconhecendo agora no Fortaleza, que é o Vojvoda”.

Então, depois da saída de Jardine do São Paulo, Cuca assumiu como técnico. Em agosto de 2019, o treinador gaúcho foi anunciado oficialmente como o técnico da Seleção Brasileira Olímpica com a missão de conduzir o time até os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando conquistou a medalha de ouro no dia 07 de agosto de 2021 ao vencer a Espanha na final.

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