Caso Arboleda: imbróglio envolve múltiplos agentes

Foto: Miguel Schincariol / São Paulo FC

Um dos setores mais seguros do São Paulo é o defensivo. Com Miranda, Arboleda, Léo e Bruno Alves, o técnico Rogério Ceni tem certa segurança nas peças e uma boa dupla de titulares. O equatoriano, pilar do time e um dos melhores nas bolas aéreas, está em fase de negociação de sua renovação. Contudo, o caso virou uma verdadeira novela, tendo em vista que a todo momento surge uma reviravolta que emperra diversas situações apresentadas como solucionadas.

Antes mesmo de o campeonato acabar, um membro do staff do jogador havia se manifestado afirmando a insatisfação por ver o clube gastar com atletas duvidosos, mas não priorizar a renovação de Arboleda – a quem o São Paulo tem segurança. Já durante a transmissão do jogo contra o Juventude, na penúltima rodada, um comentarista da transmissão na Globo disse que o zagueiro havia acertado a renovação. Contudo, algum tempo depois, um representante do jogador de nome José Chamorro deu um ultimato ao clube ao dizer: “Se não enviarem proposta final, vamos buscar outro clube”.

Ao longo dessa semana decisiva de reta final, em que o clube ainda sonhava com uma vaga na pré-Libertadores após se livrar do rebaixamento, o comentarista Neto, da rede Bandeirantes, chegou a afirmar que Arboleda estaria negociando com o rival Palmeiras. Nessa toada, o coordenador de futebol do Tricolor, Muricy Ramalho, rasgou elogios ao defensor, afirmando que, caso o clube perdesse o atleta, não teria como arranjar uma reposição à altura.

Esse vaivém na situação parece ter sido esclarecido pelo jornalista e comunicador André Hernan, da Globo. Segundo apurações dele, Arboleda teria assinado algumas procurações para diferentes agentes. E, por isso, apesar de o representante que o defensor considera como legítimo ter acertado a renovação, os outros estariam em busca de seus direitos.

A título de esclarecimento, a procuração é um instrumento do mandato. É por meio dela que se concede poder a outrem para representar pessoas em juízo ou fora dele. Quando se vai à justiça, precisa-se assinar uma procuração para que um advogado possa representar a específica pessoa em juízo. Nessa procuração, o representado consente que o representante – na justiça, o advogado – possa estar praticando atos processuais em seu nome. No caso de Arboleda, teria supostamente havido a concessão de poderes para mais de um representante. Daí por que tanta confusão.

Confira abaixo o tweet de Hernan sobre a situação. Ou clique aqui.

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