Presidente da FPF fala sobre a possibilidade do Paulistão acontecer em outros estados

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

O Campeonato Paulista segue com a situação indefinida, visto que está a proibida a realização dos jogos entre os dias 15 e 30 de março no Estado de São Paulo devido a implantação da fase emergencial para tentar conter o avanço da pandemia da Covid-19, e o pedido da Federação Paulista de Futebol (FPF) ao Ministério Público para a continuidade da competição neste período foi negado.

Com isso, a entidade disse que em último caso iria a justiça, mas pensa em alternativas como a de levar os jogos para outros estados, como foi explicado pelo presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, ao programa ‘Seleção SporTV’.

“Nós propomos ao Ministério Público e ao governo do estado testar todos os atletas, isolar todos, quem tem CT, no CT, quem não tem, em hotéis. Testar antes de todas as partidas, ninguém sairia da bolha, com um número reduzido dos profissionais do clube e dos que fazem as partidas. Em média temos 176 pessoas em uma partida de futebol, íamos reduzir para 55. Imprensa, só os detentores dos direitos. Seríamos extremamente rígidos, mas mesmo assim, sem ciência e medicina, não foi aceito. Próximos passos: estamos estudando com cautela a alternativa de jogar em outros estados. Por enquanto, com muita cautela, só após estar ajustado com prefeitos e governadores que daremos esse passo”.

Bastos também comentou sobre o incômodo em relação à decisão do Ministério Público.

“O que nos incomoda muito é parar o futebol por uma recomendação do Ministério Público, sem respeito à ciência e à medicina. O que incomodou a Federação foi parar o futebol, ajustar uma reunião com o governo, com o Ministério Público. Fomos para essa reunião com três secretários do estado. Levamos a possibilidade da bolha. Dissemos que pararíamos a Séries A2 e A3, que o futebol não é cego, propusemos a bolha. Mas todos, sem nenhum exceção, fizeram qualquer crítica ao projeto apresentado. Nenhuma crítica. Nossa surpresa foi, quando na coletiva, o governador Doria trocou o interlocutor do Centro de Contingência da Covid-19, que faltou com a verdade. Todos elogiaram o protocolo e a proposta da Federação. Na reunião de noite com o Ministério Público, usando essa fala do Paulo Menezes, manteve a decisão. Não teve ciência, não teve medicina, e não foi isso que conversamos na reunião. Isso incomodou muito a federação e os clubes”.

Nesta última terça-feira (16), após reunião com membros de todos os 16 clubes participantes da série A1 do Campeonato Paulista, a FPF soltou uma nota e você confere clicando aqui.

Fonte: Lance!

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