Fazia tempo que não assistíamos a um jogo do São Paulo com a sensação de dever cumprido em sua totalidade, em que o time além de ganhar, jogou bem, correu atrás de mais gols para matar o jogo (e não o torcedor do coração) e se doou o tempo todo em uma partida fora de casa contra uma equipe que ainda não havia sido derrotada em seus domínios no campeonato. E vale ressaltar…seguimos invictos.
Há quem não goste do Aguirre, mas é indiscutível a mudança que ele vem trazendo para o time que está invicto nas 7 rodadas do Brasileirão, jogadores que hoje são peças fundamentais para os bons resultados eram banco na época de Dorival Jr. O processo é lento e não deve ser motivo para empolgação, mas sim de valorização daqueles que vem fazendo a diferença ao chamar a responsabilidade e decidir. Nenê, na minha opinião, além de ser um jogador diferenciado, mostra amor à camisa, às vezes me pego pensando porque ele não veio para o São Paulo antes. Joga com a 7, mas tem todo o merecimento da 10 que estava sendo hostilizada pelo peruano Cueva que, aliás, não vem fazendo falta alguma. Na verdade, penso que a dependência que tínhamos dele fez o São Paulo ficar amedrontado e jogar toda a responsabilidade em quem não queria tê-la, o que resultou na bola de neve de decepções dos últimos tempos, mas, claro, esse é apenas um dos fatores.
Pela frente temos o Botafogo no Morumbi, e com muito respeito ao adversário, mas independentemente de quem esteja do outro lado da batalha, em nossa casa o resultado positivo é obrigação para darmos continuidade a essa boa sequência, não podemos nem pensar em desperdiçar pontos em nossos domínios. E, então, vem o clássico contra o Palmeiras dentro da arena que nunca ganhamos, o posicionamento precisa ser como o do jogo de domingo contra o América, ir à luta, dar a vida e mostrar a que veio, explorar o que se tem de melhor e conseguir a vitória! Entrar em campo para vencer é muito importante, porque a apatia foi por um longo tempo um dos piores adversários do Tricolor do Morumbi, espero que ele tenha ficado para trás e que a nossa invencibilidade (sem muitos empates) permaneça por um logo tempo.
