A novela irritante que se tornou a renovação do contrato de Rodrigo Nestor faz qualquer um ver que não existe mais amor e nem gratidão no futebol. A joia de Cotia tem vínculo até fim de novembro e poderá assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe a partir de maio.
A ideia aqui não é apedrejar o menino, e sim usá-lo como exemplo de algo que vira e mexe acontece no futebol. Mas, o volante canhoto não é o primeiro e nem será o último caso de dificuldades para renovação de contrato.
Vale lembrar que o SPFC teve que vender Éder Militão para o Porto para não perdê-lo de graça ao fim do contrato. Outras promessas, mas em situações diferentes forçaram a saída do tricolor, como o meia Oscar, que foi para o Internacional.
Rodrigo Nestor é ingrato?
A gente nunca vai saber o que rola de verdade numa renovação de contrato. Porém, fica óbvio presumir que há muitos joguinhos mentais, ego e a preocupação de acertar a vida financeira do atleta e dos empresários neste primeiro contrato.
Porém, meu sentimento como torcedor é sim de total ingratidão do atleta com o clube. Mesmo que ele não seja 100% culpado. E é importante contar que não é crime ele querer uma proposta melhor, mas segundo o jornalista Eduardo Affonso (ESPN Brasil), o Tricolor está na sua sexta proposta.
Sinto que depois do São Paulo apostar e investir tanto no Rodrigo Nestor, é hora dele retribuir no profissional, com um salário, provavelmente, bem maior do que o nosso, todo o apoio recebido em Cotia. Talvez essa seja uma visão romântica do futebol.
Quem perde numa possível saída?
As duas partes. O São Paulo perde um jogador talentoso e com potencial de venda para fazer caixa. E Nestor também perde a oportunidade de ser lapidado por Crespo, que já demonstrou confiança no atleta.
Mas, é importante frisar, que apesar do talento, geralmente jogadores que tomam essa decisão radical viram andarilhos da bola e no futuro dão uma entrevista contando o arrependimento.
Enfim, Rodrigo Nestor não merece ser hostilizado nas redes sociais. É direito dele e do seu staff querer um contrato melhor para a sua carreira. Mas se for para pensar apenas como um negócio, como o staff do atleta, o SPFC também tem o direito de não estourar o orçamento por atletas que ainda são só promessas.
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