Relatos de um Coração Tricolor

Por Lucas Torres

Nascido em família são-paulina, o sangue tricolor corre nas minhas veias desde muito cedo. Me interessei por futebol assistindo Kaká, Julio Baptista e Luís Fabiano, mas foi com Rogério, Lugano e Mineiro que me apaixonei pelo São Paulo.

Naquele domingo memorável, acordei cedo para “jogar” contra um time tão forte que assombrou o mundo: o Liverpool de Gerrard. Me senti apreensivo pela primeira vez com futebol, três gols dos reds anulados e um show a parte de Rogério Ceni fizeram não só eu, mas uma porrada de garotos de 10 anos se apaixonarem por futebol e pelo São Paulo.

Os anos foram passando, os títulos se acumulando e a soberania se afirmando. Muricy na beira do gramado, Jorge Wagner cruzava na área e não tinha jeito, e os chutes de longa distância da grande revelação Hernanes só firmaram essa paixão. Apesar de não conquistar mais a América e em 2008 contra o Fluminense ter a maior decepção futebolística da minha vida, o Brasil tinha dono, era questão de tempo e outra Libertadores viria, mas em 2009 veio o primeiro balde de água fria: Muricy não era mais nosso técnico, o mesmo ainda voltou em 2013 pra nos salvar um rebaixamento iminente, mas sem o mesmo brilho de anos anteriores e com um vice-campeonato em 2014.

Daí pra frente ocorreu uma “sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente” e o São Paulo passou por altos e baixos, mas jamais foi o mesmo, e o único proveito que tiro de tudo isso foi criar meu senso crítico que tenho hoje, e aprender que as vezes a gente quer um Cicinho, mas a vida nos dá um Adrián Gonzalez…

Meu São Paulo ideal é um 4-4-2 formado por:

Rogério Ceni: Dispensa justificativas.

Cicinho: A fraca passagem em 2010 não apaga a história escrita de 2004 à 2006, com gols de placa, infiltradas fulminantes e qualidade defensiva.

Lugano: Quando faltava talento, compensava na raça, um jogador que ama o São Paulo desde o primeiro dia que pisou no Morumbi.

Miranda: O zagueiro da seleção que chegou da França e foi contratado no aeroporto sempre demonstrou talento e vontade, foi o dono da zaga de 2007 (ao lado de Breno e Pirulito) que foi vazada 19 vezes em 38 jogos e uma das melhores defesas da história do São Paulo.

Jorge Wagner: Talvez o mais contestado dessa lista, nunca foi craque, mas grande parte do tri-brasileiro passou pelos pés do lateral que cruzava como ninguém (se inspirem nele, laterais).

Josué: Volante da Copa de 2006 e um monstro na marcação, talvez o melhor marcador que jogou aqui nos últimos 18 anos.

Mineiro: Além da boa marcação tinha bom passe e sabia se posicionar bem (o que o Paulinho faz hoje, o Mineiro já fazia há 13 anos), fez o gol mais decisivo do Tricolor neste século.

Hernanes: O melhor jogador que vi jogar vestindo a camisa do São Paulo.

Kaká: Apesar de não ter tido sua melhor fase por aqui, foi muito útil no torneio Rio São Paulo de 2001 e em 2014 quase nos deu mais um Brasileiro.

Amoroso: Escolha mais difícil da lista, Aloísio foi mais ídolo, mas Amoroso jogou mais bola efazia o que queria dentro da área.

Luís Fabiano: Não ganhou nenhum título de expressão por aqui, mas é o terceiro maior artilheiro do clube e sempre ajudou na “briga“.

Suplentes:

Maicon (jogando de goleiro contra o The Strongest)
Ilsinho
Breno
Alex Silva
Junior
Jucilei
Ganso
Danilo
Lucas Moura
Calleri
Aloísio

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