Pedro Rocha

Um dos maiores jogadores da história do futebol vestiu a camisa 10 do São Paulo Futebol Clube. Pedro Rocha, o maestro uruguaio.

Em um tempo como o atual, onde qualquer um recebe a alcunha de “craque”, “ídolo” ou “maestro”, talvez seja quase impossível imaginar o quanto este atleta jogou.

O começo no Peñarol

Com a camisa do Peñarol, foi campeão uruguaio por sete vezes, foi Tricampeão da Copa Libertadores da América e Bicampeão Mundial Interclubes.

Foi o único uruguaio a disputar 4 Copas do Mundo (1962, 1966, 1970 e 1974), e no seu auge, em 70, ficou de fora da semifinal contra o Brasil por uma contusão. Muitos uruguaios dizem que se ele tivesse jogado, o resultado poderia ter sido diferente.

Pioneirismo Tricolor

Naquele ano, Pedro Rocha assinou com o São Paulo, que formava um grande esquadrão para voltar aos títulos após a conclusão das obras do Estádio do Morumbi.

Alguns dias após a conquista do Paulistão de 70, Rocha se juntou ao grupo que contava com Gérson, Toninho Guerreiro, Pablo Forlán, Roberto Dias, entre outros.

Apesar de um começo um pouco difícil por questões de adaptação a um novo clube e país, além de uma suposta perseguição por parte de Gérson, logo Pedro Rocha passou a mostrar todo seu futebol no clube, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1971 e 1975.

Gigante entre os gigantes

Rocha foi o primeiro jogador estrangeiro a se tornar artilheiro do Campeonato Brasileiro, em 1972, em uma época que o futebol nacional mantinha seus craques, como Pelé, Rivellino, Ademir da Guia e tantos outros de alto nível.

‘El Verdugo’, como ficou conhecido (carrasco, em espanhol), comandou o São Paulo na campanha da inédita final da Copa Libertadores, já em 1974, quando os clubes brasileiros não davam a devida importância ao torneio.

O camisa 10 permaneceu no São Paulo até 1977, quando divergiu do então treinador Rubens Minelli, que comandaria o clube em seu primeiro título nacional.

Admiração de craques e do Rei

Pedro Rocha é lembrado como um dos maiores jogadores que atuaram com a camisa Tricolor e era citado por Pelé, como um dos cinco melhores jogadores do mundo.

Não faltam palavras e reconhecimento ao grande craque uruguaio.

“Foi o maior jogador uruguaio que vi jogar. Ele jogava com a cabeça levantada, cabeceava muito bem e dava passes curtos e longos com precisão” 

Dario Pereyra, sobre Pedro Rocha

“Ele era muito educado, um cara diferente no futebol. Caladão, não era de muita brincadeira e gostava muito de jogar sinuca. Era invencível, tinha uma precisão para defender e atacar, até parecia que estava jogando futebol. Para ficar perto dele, comecei a jogar sinuca também. Melhorei muito, mas nunca consegui vencer Pedro Rocha. Mas estava ali, perto dele. Era a prova de que estava vencendo na vida. O cara era um gênio da bola.”

Muricy Ramalho, reverenciando o maestro

Pedro Rocha atuou por outros clubes até 1980, quando se aposentou dos gramados.

Fora dos campos

Após esse período, trabalhou como treinador de futebol, passando por vinte clubes até 2009, quando sofreu um AVC.

Como sequela, passou os últimos anos de sua vida sofrendo de atrofia do mesencéfalo, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, o que o deprimiu muito.

Rocha faleceu em 2 de dezembro de 2013, na cidade de São Paulo, na véspera de completar 71 anos.

Nossa eterna homenagem e reconhecimento sobre o lendário craque em um vídeo tributo:

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