Times estão em contato com a CBF e com os governos estaduais para a liberação da volta do público no Brasileirão
A final da Copa América marcou a volta do público ao estádio. Foram 5,5 mil torcedores no Maracanã que acompanharam a vitória da Argentina sobre o Brasil por 1×0. Com base no protocolo da Conmebol, os clubes do futebol brasileiro começam a arquitetar uma volta do público na competição nacional.
Os clubes perderam receitas nos últimos 16 meses com as restrições de público por conta da Covid-19, e com isso tentam a volta pelo menos parcial do público.
Segundo o colunista do UOL Marcel Rizzo, os clubes seguem o protocolo da Conmebol: pessoas totalmente vacinadas ou com RT-PCR negativo nas últimas 48 horas, além da limitação de assentos com no máximo 50% do estádio e o uso obrigatório de máscaras e a proibição de venda de bebidas e alimentos.
O plano da CBF era para a liberação do público a partir do segundo turno. Com isso, os 19 clubes estariam em igualdade, mesmo que com a diferença do tamanho dos estádio (por exemplo, um estádio para 40 mil pessoas poderá receber no máximo 20 mil pessoas, enquanto um estádio para 60 mil pessoas poderá receber 30 mil pessoas).
A liberação da Conmebol para a final da Copa América jogou pressão aos ombros da CBF, uma vez que os clubes trabalham nos bastidores para acelerar o processo de liberação do público.
A entidade brasileira também jogou a responsabilidade para cada estado. Segundo o blog do jornalista, existe um acordo entre CBF e clubes de que os presidentes negociem diretamente com seus governos estaduais e prefeituras pela liberação.
Governadores se mostram contra a ideia imediata
Alguns clubes procuraram os governos de seus estados para entender o processo e saber se é possível antecipar os prazos. A principio o governo do Ceará negou o pedido dos clubes para liberar torcida para o clássico no dia 1 de agosto.
Outro estado que também foi consultado mas não autorizou o retorno imediato foi São Paulo. O governador João Doria revelou na última semana um plano para a volta do público no futebol em outubro.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil se mostrou pouco receptivo a ideia de volta do público aos estádios. Os clubes mineiros, porém, podem jogar suas partidas no interior do estado.
O Flamengo conseguiu autorização para ter público na partida de volta contra o Defensa y Justica. O clube tentou com a prefeitura do Rio e com o estado carioca porém, em ambas recebeu negação. Com isso, o clube transferiu o jogo para o Distrito Federal.
A prática flamenguista não será possível no Brasileirão, já que a CBF busca igualdade e não será liberado o público a não ser que todos os clubes possam jogar com torcida.
